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Cartas

UM VULCÃO DE DESEJOS REPRIMIDOS...ESTOU PRA ARREBENTAR...

UM VULCÃO DE DESEJOS REPRIMIDOS...ESTOU PRA ARREBENTAR...

-----Original Message----- From: UM VULCÃO DE DESEJOS REPRIMIDOS... Sent: sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004 To: contato@caiofabio.com Subject: ESTOU PRA ARREBENTAR... Prezado amigo Caio. De fato meu vulcão é de natureza sexual. Desde os 4 anos de idade tinha pensamentos estranhos para uma criança, me imaginando entre mulheres nuas e coisas assim. Cresci querendo ter uma mulher, mas sempre fui muito tímido. Enquanto meus amigos já tinham suas namoradinhas eu só ficava imaginando. Tive minha experiência com Deus, aos 15 anos de idade. Não estava vinculado a nenhuma igreja e até o momento me considerava um "católico espírita". Na época tive sentimentos psicóticos. Tinha medo de ficar sozinho. Tinha medo de sentir medo. Sentia, as vezes, como se um ódio fosse me tomar. As vezes o sentimento era forte e eu não entendia o porque sentia aquilo. Foi tão desesperador para mim que pensei que ia ficar louco. Comecei a ter pensamentos que me diziam que eu era o próprio anti-cristo. Num dia, de grande angústia, pedi a Deus, que se houvesse ainda uma parte de mim que fosse boa a levasse para o céu junto com a minha consciência, e o que restasse de mim Deus tirasse a vida. Naquele dia, naquela hora que orei, senti uma paz tão grande e todos aqueles sentimentos ruins desapareceram. Passei a "namorar com Deus" e ler a Bíblia. Num dia, falando sobre Deus a alguns amigos, eu e um amigo meu, ao voltarmos para casa, sentimos uma paz tão grande como se tudo o que houvesse feito até então de errado tivesse sido perdoado naquele momento e meu desejo foi o de largar tudo para seguir a Deus. Estava apaixonado por Deus. Pensei em ser padre. Durante alguns anos minha alegria era estar sozinho com Deus para poder orar a Ele e chorava só de lembrar de sua presença. Mas surgiu uma moça, minha primeira namorada. Orei a Deus e perguntei "devo namorar essa moça". Abri a Bíblia e caiu naquele versículo que diz : "estás ligado a mulher, não te desligues dela..." e o restante que diz que se você não tem mulher não procure. Achei que Deus não queria que eu a namorasse, mas falei : "Ah, Senhor, mas eu sempre quis uma namorada...". E fui namorar. Lógico, toda aquela vontade de tocar uma mulher veio a tona. Sentia que era errado, mas meu desejo era grande demais. Minha espiritualidade parecia que já não era a mesma. Depois de um ano e oito meses, terminei o namoro. A menina se interessou por outro rapaz. Eu tinha um complexo, anterior ao meu encontro com Deus. Além de meus pensamentos psicóticos, um dos pensamentos que me viam era que eu era homossexual. Aquilo também me torturava. Quando terminei o namoro, já com minha espiritualidade em baixa, achei que tinha que namorar, com perigo daqueles pensamentos voltarem. Encontrei uma garota pelo qual me apaixonei. Éramos diferentes nos gostos, mas ela aceitou namorar comigo. Decepcionei-a quando logo nos primeiros dias queria já amassá-la, tocá-la. Depois de quase 4 anos de namoro, sentia-me vazio. Ele não me amava e eu sentia que amava-a. Queria ela. Queria ter sexo com ela e quase aconteceu. Ficávamos nos “amassos” e fui alimentando aquele sonho. Não sabia se gostava dela ou do corpo dela, mas me sentia preso. Ela também se interessou por outra pessoa. Sofri. Sofri muito mais, quando achei que havia perdido a Cristo. Chorava de saudades Dele e não havia consolo no choro. Desejei morrer. Acordava a noite com um sentimento horrível dizendo que eu já não teria mais a Deus e que Ele me rejeitara. De fato já não sentia sua presença. Eu, na época, era ministro da Palavra, ministro da eucaristia, coordenador de coral, coordenador de encontro de jovens. O único momento em que eu me sentia bem era falando de Deus. Comecei a me sentir um fariseu. Decidi deixar tudo, minha namorada, meus cargos na igreja (era católico, mas já tinha começado a conhecer colegas evangélicos). Deixei... Orei pedindo que Deus tivesse misericórdia de mim. Que me deixasse senti-Lo de novo. Que me perdoasse. Achei que era um daqueles que pega no arado e olha para trás. Minha sexualidade estava ferrenha e me masturbava bastante. Num dia, numa igreja evangélica entrei e senti que Deus falou comigo. Gostei. Voltei e senti novamente que Deus me chamava. Decidi ser membro da igreja. A única coisa que me deixava triste era o sentimento sexual, um desejo ardente. Me sentia sujo. Lutei, chorei, orei... Um dia conhecia uma irmãzinha e tenho certeza (não foi uma emoção), pois a princípio não havia sentido nada de diferente nela, mas naquele dia, após conversar com ela, senti um fogo dentro de mim. Uma voz falou claramente no meu coração e ardeu meu peito : "essa será sua esposa". Fiquei tão alegre que quase me declarei para ela ali mesmo. Passei a noite em oração e no dia seguinte a pedi em namoro. Ela também disse que sentira o mesmo e que também havia ficado em oração. Namoramos e casamos. No entanto, minha sexualidade me perseguia. Ainda me lembrava das experiências passadas. Pensava muitas vezes em outras mulheres. Qualquer mulher era motivo de cobiça. Sentia que estava traindo minha esposa. Nosso sexo, as vezes era livre, mas essa liberdade as vezes nos pesava na consciência e então ficávamos comportados. Mas, minha mente cobiçava outros corpos. Sempre que fraqueza me via olhando para outras moças. Nas bancas perdia algum tempo olhando as capas de revistas. Vivia essa vida de querer se sincero com Deus, fiel com a esposa, mas com desejos a mil. Depois começaram a surgir sentimentos de atração por uma colega do serviço. Comecei a sonhar com ela. Parecia que estava apaixonado por ela. Dai sim me senti pior. As vezes acordava de noite e já não sabia se os sonhos eram sonhos ou lembranças do que tinha acontecido. Falei com minha esposa. Contei o quanto era, sei lá, "pervertido". Oramos juntos. Prometi me esforçar. Para resumir, depois de vários "vou esforçar" e "fiz tudo de novo errado", cansei. Tenho uma filhinha linda. As vezes pensei em largar tudo e fugir. O que simplesmente eu queria era amar minha esposa e filha e servir ao Senhor. Mas hoje, olho para trás e tento entender o que aconteceu. Sinto-me frustrado de todas as meninas que não abordei. De não ter buscado ter tido relações sexuais com mulheres. Sinto-me frustrado e vejo um sentimento grande e forte querendo se apossar de mim. Tenho medo de ser dominado por ele. De meu Krakatoa vazar e eu matar minha esposa de desgosto. Dou graças a Deus de não ter despertado interesse em nenhuma outra mulher. Tenho medo de encontrar uma mulher, sentir-me atraído por ela, como fui por essa minha colega de trabalho, e pior, se ela também me desejar, eu não agüentar e sucumbir... Esse é meu maior medo, dessa erupção mortífera, pois sei que minha esposa (ela me ama muito), morreria ou se mataria. A todo dia renovo meus propósitos com Deus, digo : vou melhorar, vou orar mais, vou amar mais minha esposa, vou ser um bom cristão... Mas me canso de minhas promessas e me vejo novamente cobiçando outras mulheres. Dias desses, antes de lhe escrever, fiquei procurando várias atrizes nuas para ver. Me senti um lixo, um verdadeiro lixo e digo para comigo mesmo que sou (desculpe a expressão) um bosta. Assim, continuo falando aos outros de Cristo. Falo de seu amor e de sua amizade, mas me sinto longe deles nos meus atos e pensamentos. Nas minhas vontades, nessas minhas frustrações. Sei que nunca vou poder satisfazer esses desejos, e por mais ruim que seja admitir, as vezes me enraivesse não ter aproveitado antes. Como aquele adulto que quando criança não brincou, e na vida adulta se torna um homem cheio de infantilidades, fora de seu tempo. E mesmo Caio, que surgisse a oportunidade de eu "cair na gandáia", eu me odiaria se sucumbisse a ela. Por isso, toda vez que o sentimento me toma, tenho vontade de morrer, de sumir... Peço que o Senhor venha e me tire a vida e pior, as vezes, como disse, acho que olhei para trás, depois de ter pego o arado. Sou de uma cidade do interior de São Paulo. Gosto muito de você e minhas orações é para que Deus o ilumine sempre. Tenho certeza de que vários filhos pródigos poderão voltar ao seio do Pai através de você. Aguardo ansioso sua resposta. De alguém que lhe admira. *************************************************** Resposta: Meu amado amigo: Paz! Infelizmente as coisas que ficam reprimidas no inconsciente, sempre voltam, e cobram uma conta alta. O segredo de tudo é o equilíbrio. Eclesiastes 11 e 12 diz que o jovem tem que se alegrar na sua juventude....e recrear-se nos dias da sua mocidade...embora precise fazer isto sabendo que há uma "conta" que um dia nos é apresentada outra vez... Para uns a conta é um débito em razão dos "excessos" praticados. Para outros é a conta das "abstinências e das ausências"...o que é o seu caso. É a vida equilibrada na juventude...o jovem alegrando-se na sua juventude...o que nos ajuda a não ter que lidar com as sombras no futuro. Alegria...mas não deixando a dor ficar na carne e a tristeza na alma. A dor fica na carne quando a carne se torna gasta nos excessos da juventude que não aprendeu os bons prazeres, antes os exacerbou... A tristeza fica na alma pelas razões opostas: não se ter provado nada...gerando na alma o tipo de tristeza angustiada que você vive hoje. Na realidade a sua história nos mostra como a religião, em razão do modo como trata a sexualidade humana, freqüentemente cria estados de subjetividade adoecida na sexualidade humana. O interessante é que a libertinagem e a abstinência são irmãs gêmeas que não se falam e que se odeiam...mas ambas produzem o mesmo mal na alma. Na situação atual há algumas coisas que eu lhe recomendaria: 1. Procure urgentemente ajuda de natureza psicológica, de preferência com um terapeuta que não tenha uma postura "religiosa". Chega de religião. Sua alma está doente dela. 2. Tire de sua cabeça, de uma vez, em nome de Jesus, a idéia de que sexo e sexualidade são coisas malignas. Quem inventou isto foi o Diabo...a religião comprou o pacote satânico...e se tornou a principal mensageira dessa mensagem diabólica...e que tem adoecido a alma de milhões...e milhões...quem sabe...bilhões...nesses últimos 1700 anos de história de repressão sexual oficial, institucional, e feita em nome de Deus. Leia o livro "Eunucos Pelo reino de Deus"--você achará nas livrarias seculares, ou pode pedir via Internet...tipo: pela Amazon—e veja como você é apenas mais uma vitima de uma doença de natureza sistêmica...e que permeou quase toda a Cristandade. 3. A sua terapia mental e psicológica envolve a pratica sexual. E com sua mulher. O que você tem que fazer é parar de vez com essa culpa...que não vem de Deus...e abraçar sem medo sua sexualidade e seus desejos. Tudo o que você sente é NORMAL. Negar isso é que já parte da doença. Quando você admitir a normalidade de seus desejos, e entender que eles se exacerbaram pela via da castração, sobretudo, psicológica à qual você se permitiu submeter; então, você verá que o alívio virá na hora...na hora mesmo. 4. Não tema chamar o belo de belo...e nem demonize-se por conta de sua normalidade. Quem inventou o belo, o desejo, o prazer, e a vontade de encontrar...e possuir...foi Deus, não o Diabo. O Diabo trabalha sempre na negação do normal e natural...pois é daí que surgem nossas neuroses nessa área. 5. Você diz que gostaria de amar a sua esposa...e desejá-la. Mas enquanto sexo for "mal" e algo "pecaminoso"...nem mesmo no vínculo do casamento você se sentirá à vontade. E meu amado amigo, isto é coisa muito séria. Portanto, sua jornada começará na sua cama...com sua mulher...onde e com quem...sem medo ou culpa...você irá se entregar a todos os seus desejos, vontades, e necessidades...É no casamento que você tem o espaço para tudo isto...pois tudo lhe é lícito...e lhe convém...e você precisa da edificação humana que virá dessa liberação. 6. A ironia é que o cara se abstêm de prazer com sua mulher...e fica maluco de desejo por todas as mulheres que lhe cruzam o caminho. Pratica um sexo sem volúpia e sem desejo com a esposa...e reprime um monstro que desejará se derramar na rua, na esquina, no prostíbulo, ou na pornografia. 7. É sempre assim: côa-se o mosquito e engole-se o camelo. 8. Por último, quero que você leia o texto que "colarei" agora, visto que ele já existe em Cartas, aqui no site, e o torne um dever de casa...mas para ser praticado com leveza e liberdade...e sem culpa. E saiba: eu estou tão em paz para lhe dizer o que estou lhe dizendo...que saiba...assumo diante de Deus a responsabilidade por cada uma das coisas que estou lhe sugerindo. Leia agora o texto. *************************************************** -----Original Message----- From: O que eu posso fazer na cama? Sent: terça-feira, 21 de outubro de 2003 14:14 To: contato@caiofabio.com Subject: Sexo oral... Mensagem: Amado Caio Fábio, Quero antes de mais, ressaltar o carinho imenso que tenho por você, bem como a confiança que sinto em suas posições acerca dos mais diversos assuntos tratados neste site. Desde que me converti (cerca de sete anos), venho admirando teu trabalho, teus livros, teus vídeos e agora este site. Enfim, todo o trabalho que Deus colocou em tuas mãos e que tem sido realizado com grande eficácia. Caio, estou com uma dúvida imensa, e esta, por sua vez, está me tirando a paz. Tenho 28 anos, sou casado há 5, e até hoje não tive uma instrução satisfatória acerca de algumas ações dentro da vida sexual de cristãos. Confesso que estou imensamente constrangido em lhe perguntar isso. Espero que não seja mal interpretado em minha dúvida. Meu pastor ensinou-nos que praticar sexo oral é errado. Já sua mulher, em ensino às irmãs da Igreja, disse que o sexo oral poderia ser utilizado apenas para se criar um clima maior de excitação. Por fim, eu tenho esta dúvida, visto que algumas vezes, minha esposa e eu, praticamos esse ato. Sinto-me culpado, pela instrução do pastor e confuso pela instrução de sua mulher. Gostaria de saber se estou em pecado cometendo este tipo de ato. Tanto eu, como minha esposa, no momento do ato conjugal, sentimos, algumas vezes, desejo de praticar; achamos muito gostoso. Há alguma coisa que o recrimine? Não quero de maneira alguma pecar contra Deus. E não quero também, deixar de satisfazer os desejos de minha esposa nem deixar nossa vida sexual "cair em rotina" (ainda mais nesta área que é tão delicada). Eu peço que me ajude! Confesso que minha cabeça está como um "calderão fervendo", acerca deste assunto. Se realmente é pecado, sei que Deus irá nos libertar disto. Como o tenho visto, aqui no site, o irmão tem bastante experiência, tanto pela vivência, quanto pela instrução Bíblica. Me ajude, por favor. ********************* Resposta: Meu querido amigo: Paz, Alegria e Prazer sem Culpa na Graça de Deus! A esposa de seu pastor está falando a verdade. Mulheres costumam ser mais verdadeiras quando o assunto é Realidade e Religião. Pastores, muitas vezes, sentem-se na obrigação de falar por aqueles que determinam o que ele deve pensar. Daí, na intimidade e no particular, a esposa dele ter dado outro conselho. Meu querido, esse assunto foi resolvido por um solteirão chamado Paulo, o apóstolo. Ele disse que o corpo do marido pertence à mulher dele; e que o corpo da mulher pertence ao homem dela. Quando um homem encontra sua mulher e a mulher o seu homem, tudo acontece na maior normalidade. O anormal é ver casais que não se amam, não se desejam e não se gostam, transando para “cumprir as Escrituras”, e, depois, levantarem-se do leito cheios de culpa, medo e neurose. A Bíblia não conhece pudores dentro de um quarto onde dois amante de verdade se encontram. Pecado é a objetização do sexo. É praticá-lo sem amor e sem desejo. É realizá-lo como mecânica orgânica apenas. Aí está o erro; ou melhor: o pecado do desperdício! Se seu problema é não pecar contra Deus, ouça o que Ele diz. Mas se sua questão é agradar o seu pastor; então, seja solidário a ele; e não faça nada daquilo que a mulher dele deseja experimentar. Mas Deus diz outra coisa, bem diferente. Aliás, Deus deu liberdade. Ele é quem fez todas as coisas. Por isso, bebe a água da tua própria “cisterna”, e das correntes do teu “poço”. Derramar-se-iam as “tuas fontes para fora”, e pelas “ruas” os “ribeiros de águas?” Seja tua mulher só para ti mesmo, e não para os “estranhos” juntamente contigo. Seja bendito o “teu manancial”; e regozija-te na tua mulher. Ela deve ser vista como uma cabrita amorosa, e graciosa como uma égua no campo. Saciem-te os seus “seios” em todo o tempo; e pelo seu “amor” mergulha no encanto para sempre. E por que andarias atraído pela mulher fácil, e abraçarias o peito de uma outra, até casada? Os lábios da mulher fácil destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o azeite. Ensina a tua mulher a ser assim também: molhada e doce. Ora, isso vai, juntamente com a Palavra, te guardar da mulher que só quer uma aventura, e te salvará das cantadas da língua da mulher sedutora. Cobices no teu coração a formosura de tua própria mulher. Ensina-a a seduzir-te. Isso te livrará de ser preso como um bobo pelos “olhares” da mulher que olha para todos. Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem? Assim, incendeiem os teus beijos a tua mulher, de tal modo que lhe queimem as vestes! Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome? Assim, se por causa de tua “necessidade” tu te deres mal, ainda assim serás maltratado pelos demais homens! Por que correrias este risco? Por que transferirias todos os prazeres para fora de tua casa? Por que teus sonhos e fantasias de alma não se realizariam com tua mulher, livremente, dentro de teu quarto? Por que “construirias” tu uma “mulher virtual”, se tens uma que é mais que real? O que não possui a sua própria mulher com o “fogo” de quem possui uma “adultera”, é burro; destrói-se a si mesmo se assim não a “trata”. Se assim não for, pode ser que ela venha a desejar uma “outra imagem”, e tu também acabarás por cobiçar o que não é teu. Come o que é teu e bebe de tua própria cisterna. Sacia-te dos frutos de tua árvore encantada. A mulher aprazível obtém honra—diz o provérbio. Desse modo seja a tua honra, também, mostrar à tua própria mulher o quão desejosa e aprazível ela é. A discrição de tua mulher tem que ser para “fora”. Mas para ti, que ela seja a mais sedutora de todas as mulheres. A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos. Assim, ensina a tua mulher a “coroar a tua cabeça” com toda honra. Do contrário, tu terás tristezas. E tem marido que não sabe por que a mulher se torna mulher de rixas, uma goteira contínua enchendo a paciência?! Ora, elas nunca foram saciadas! Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: não pratiquei iniqüidade. Pois assim deveria ser a liberdade e a consciência de toda mulher para com seu próprio marido. Por que não usar o direito em favor do direito? Se aquilo que é torto é prazeroso, por que aquilo que é bom tem que ser culposo? Portanto, que tua mulher seja livre como aquela que come, limpa a boca, e diz: não pratiquei iniqüidade! Que tu não percas mais tempo. A Bíblia não nos ensina a perder tempo uma vez que o amor tenha sido acordado. Ao contrário. O homem apaixonado da Bíblia, diz assim: Como és formosa, amada minha, eis que és formosa! os teus olhos me seduzem; o teu cabelo é ondulante. Os teus dentes são perfeitos e limpos. Os teus lábios são vermelhos, formosos e gostosos; e a tua boca é linda; as tuas faces são coradas e cheias de vida. O teu pescoço fica lindo com os cordões e adereços que tu usas para me encantar.Os teus seios são gêmeos em beleza e são cheirosos como um mergulho entre os lírios. Aproveitarei as sombras da noite e ti escalarei, pois tu és para mim como uma montanha de perfume. Enlevaste-me o coração, minha amante; enlevaste- me o coração com um dos teus olhares, com um dos colares do teu pescoço tu me seduziste. Quão doce é o teu amor, minha mulher! quanto melhor é o teu amor do que o vinho! e o aroma dos “teus cheiros” é melhor do que o de toda sorte de cheiros comprados! Os teus lábios destilam o mel; mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro da terra mais acolhedora. Tu és somente minha, ó mulher! Jardim fechado és tu; sim, jardim fechado, fonte selada—pois só eu bebo de ti e em ti bebo tudo o que gosto. Te provo como quem sente todos os sabores e sente todos os cheiros. Tu és o Éden! És fonte do jardim, poço de águas vivas, correntes de águas de delícias! Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu “jardim”, espalha os seus aromas sobre mim. E que assim diga a ti a tua própria mulher: Entra, ó meu amado no teu próprio jardim, e come dos meus frutos excelentes, que são todos para ti! Assim será se ela também puder dizer: Conjuro-vos, ó minhas amigas, se encontrardes o meu amado, que lhe digais que estou “enferma de amor”. Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, para que assim nos conjures?—são as perguntas comuns de mulheres que conheceram machos, mas não conheceram homens; que conheceram sexo, mas não conheceram o amor; que conheceram algum prazer, mas que nunca foram arrebatadas. Se assim for, que ela, a tua mulher, saiba responder: O meu amado é cândido e belo, o primeiro entre dez mil. A sua cabeça é preciosa, os seus cabelos são gostosos, são como penas de uma ave livre. Os seus olhos são cintilantes, lavados em leite, são como jóias postas em engaste na sua face. O rosto dele cheira como um canteiro das mais doces fragrâncias; e os seus lábios são como lírios que gotejam perfume. Os seus braços são firmes; e o seu corpo é lindo de apreciar; assim eu gosto de vê-lo nu. As suas pernas são fortes, parecem árvores cheias de vigor. O seu falar é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável. Assim é o meu amado, o meu amigo! Sim! assim é ele, minha amigas! Acerca dessa mulher, fêmea e amiga, o marido pode dizer: Há sessenta rainhas, oitenta concubinas, e virgens sem número pela terra. Mas uma só é a minha cabritinha, a minha mulher de confiança; ela não tem igual nem entre as filhas de sua própria mãe; ela é especial. Minha mulher é meu harém! Portanto, aprecie a sua mulher de cima a baixo, e não deixa nem um pedacinho de fora do teu gosto, apetite e paladar! Você pode e deve prová-la toda. Dos pés à cabeça. Sem reservas e sem restrições. As palavra da Bíblia podem ser todas suas na alegria de possuir a sua mulher. Quão formosos são os teus pés nas sandálias. Os contornos das tuas coxas são como jóias, obra das mãos de artista. O teu “umbigo” (no texto original: órgão genital) é como uma taça redonda, à qual não falta bebida; a tua barriguinha é como uma mesa onde como o meu pão perfumado. Os teus seios são perfeitos. O teu pescoço me encanta; os teus olhos como são limpos como piscinas; o teu nariz é lindo de ver. A tua cabeça sobre ti é como um monte altivo, e os cabelos da tua cabeça são charmosos; até um “rei” ficaria “preso” pelas tuas tranças. Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias! Essa tua estatura é semelhante à palmeira, e os teus seios são para mim como cachos cheios de uvas doces. Disse eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus chachos! Pois os teus seios são como os cachos da vide, e o cheiro do teu fôlego como o das maçãs, e os teus beijos como o bom vinho, que se bebe suavemente, e se escoa pelos lábios e dentes. E nunca poupe sua mulher de coisas novas. Ouça quando ela diz: Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias pequenas e sem ninguém. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se estão abertas as suas flores, e se as figueiras e sapotizeiras já estão em flor; ali te darei o meu amor... Desse modo, meu amado, esqueça a cabecinha de seu pastor. A mulher dele parece ter muito mais o que ensinar. Pelo menos seria isso que ela gostaria, e do que, possivelmente, está sendo privada. Não proceda do mesmo modo. Fique livre, e faça sua mulher explodir de alegria. A idade da culpa acaba quando se conhece a estação do amor que não teme ser também desejo! Assim, não sou eu quem vai dizer o que você deve ou não deve fazer na cama. Posso apenas dizer a você o que você pode estar perdendo! ************************************************* Desse modo, meu amigo...vá para casa...é carnaval...você terá quatro dias de chance de ter e viver o mais puro e delicioso prazer...sem culpa e sem medo...e gozando a vida conforme Deus planejou você para gozá-la. Faça o que estou lhe dizendo, e me escreva depois do carnaval. Sei que será ótimo e terapêutico para você e sua esposa. E só mais uma coisa: viva tudo sem ficar chamando anjo pra assistir... Fique livre...totalmente livre...e deguste a sua esposa como você nunca nem imaginou que conseguiria ser capaz de fazer e experimentar na vida. E lembre: eu assumo a responsabilidade pelo conselho que estou lhe dando. Nele, que não nos fez para essas negações diabólicas, Caio PS: LEIA O TEXTO "A GRAÇA E A LIBERTAÇÃO DAS TARAS HUMANAS". LEIA-O DURANTE O CARNAVAL.
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