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Cartas

TRÊS PERGUNTAS SOBRE SEXUALIDADE

TRÊS PERGUNTAS SOBRE SEXUALIDADE



----- Original Message ----- From: Saulo Silva To: contato@caiofabio.com Sent: Thursday, May 12, 2005 8:16 AM Subject: 3 perguntas sobre sexualidade! Pastor Caio.... As vezes eu fico bastante dividido entre os pontos discutidos na questão da sexualidade entre os diversos pastores...e a razão para isso...não tenho opinião formada...e tenho dúvidas... Vamos lá: Pergunta 1: O que fazer para me libertar dos Tabus com relação a sexualidade? Até aonde eu posso ir? (Jovem na faixa dos 20 a 25 anos) Resposta: Meu querido, veja como as coisas são complexificadas pelos homens. Esta sua pergunta não existe para os índios do Amazonas. Isto porque eles seguem a cronologia natural, a qual é também a cultura tribal. Ou seja: as meninas índias, casam-se conforme o melhor da natureza genética, que, na mulher, começa aos 13 anos e vai até os 23. Desse modo, ao chegar a idade, a moça apenas casa; e com alguém que lhe estava reservado desde sempre. Nós, os "civilizados", todavia, não seguimos as leis naturais, e, por conta disso, determinamos que fatores de natureza financeira, econômica, emocional, afetiva, e, também de natureza psicológica, determinem a hora de casar ou de transar. Assim, do ponto de vista dos índios você já em um solteirão a caminho de ficar idoso. No entanto, em nossa sociedade, você está justamente na idade do matador, do namorador, do provador de sabores. Desse modo, somente você pode saber quem você pode ser sexualmente nesta área. O princípio geral é um só: amor. Daí decorre que pelo amor eu entendo que todas as coisas me são lícitas em Cristo; porém, também pelo amor, sou motivado a não usar a minha liberdade para “defraudar ninguém”. Do mesmo modo, também pelo amor, devo buscar as coisas melhores, que são aquelas que convém e edificam. Ora, sexo só é edificante quando é fundado em carinho, respeito, e amor. Além disso, tem que ser algo que aconteça segundo a lei do amor, que não usa... e descarta. Ou seja: os que se unem sexualmente devem buscar um vínculo, não apenas uma transada. Como nós abandonamos o modo natural, e deixamos que outros poderes determinassem o tempo do casamento, o que nos restou foi buscar como natural a presença do amor. Sim, porque ou tem-se a natureza como guia sexual (como os índios), ou então temos que ter o amor e suas atrações como guia para o encontro. Afinal, se não tivermos tal referencia, o que se institui é aquilo que os índios não conhecem: que é o sexo casual. Quanto ao mais, como o significado de "casamento" na Bíblia, quero lhe informar que há muito material acerca desse interesse aqui no site. Acerca do "casamento medieval" que nós celebramos hoje, com saudades dos príncipes e princesas, o qual foi incorporado pela "igreja" como "modo único e divino de casar"—devo dizer que tudo não passa de invenção humana, e, muito convenientemente vinculada à "igreja" e seu "clero" (padres e pastores), posto que o poder da Potestade Religiosa vem dessa sua capacidade de fazer "legitimas" todas as coisas, incluindo as uniões com permissão sexual. Pergunta 2: Vale a pena pecar para ter uma mente sadia? ou deve-se resistir duramente, independente das conseqüências psicológicas, para agradar a Deus? Deus não capacita? Resposta: Pecar não gera saúde mental, assim como obedecer a Deus não adoece a alma de ninguém. Assim, qualquer coisa que faça bem ao ser humano, não é pecado. E tudo o que faz mal ao homem, ainda que feito em nome de Deus, não é de Deus e é pecado. As questões de Jesus no Evangelho quase todas passam por esse tema. O Sábado era supostamente aquilo que se guardaria para obedecer a Deus. Mas a guarda do Sábado virou um fim em si mesmo e passou a fazer mal e a pedrar as almas dos homens. Enquanto isto Jesus encontrava gente muito mais humana pelas ruas do que nos ambientes da "obediência". O ensino de Jesus é simples: quem vive em amor manterá sua alma, mente e espírito em saúde. Todavia, sem amor, toda obediência, mesmo que seja a algo certo, não gerará vida e saúde, visto que obediência sem amor apenas produz ódio, mágoa, e fortes pulsões interiores na direção oposta à da obediência proposta, e praticada sem a convicção do amor. Pergunta 3: Quais são os sintomas de um comportamento neurótico quando há repressão sexual? O que fazer neste caso? E como prevenir? Resposta: O principal sintoma de neurose sexual é repulsa contra o sexo. Sem dúvida é fácil perceber uma pessoa sexualmente neurótica pela sua postura excessivamente pudica, agressiva, anti-sexual, cheia de juízos, e que dá mais importâncias a questões sexuais do que a qualquer outra questão. Para "fora" tais pessoas são santaronas, ajuizadas, capazes de romper amizades em razão de um erro de alguém-amigo, veementes advertedores dos filhos, avaliando tudo como sendo sexualmente provocativo, manifestando esse estado mediante denuncias acerca do excesso de sensualidade das mulheres (ou homens), de suas roupas coladas, de seus biquinis sumários, e de suas bundas, bocas, coxas e peitos insuportavelmente lindos e diabólicos. Bem, isto é para "fora", para consumo social, moral e religioso. Para "dentro", todavia, tais pessoas são os seres sexualmente mais voluptuosos da terra, e suas mentes são motéis cheios de surubas. Assim, o ser sexualmente neurótico é o mais tarado de todos. Até o dia em que ele "explode". Ou até o dia em que "implode", e começa a desconstruir sua saúde psicológica, ou mesmo somatizando doenças no corpo, no físico, e de variadas formas. O certo, no entanto, é que tais pessoas odeiam com ódio mortal toda e qualquer incontinência sexual em outros, e isto na mesma medida em que desejam ardentemente provar e sentir o que os "pecadores" estão experimentando. A prevenção para isto é discernir o significado equilibrado da liberdade que temos em Cristo, conforme o Evangelho da Graça; visto que é daí que vem a saúde na qual nossa liberdade se faz responsável em amor. Andando conforme o Evangelho da Graça, conforme o Espírito, fica-se livre de todo legalismo, na mesma medida em que também se fica livre de todo espírito de libertinagem. A liberdade em Cristo não faz escravos, tanto quanto não se escraviza. A liberdade em Cristo é o exercício da consciência pessoal, submetida ao entendimento do Evangelho, e com o testemunho do Espírito Santo nela; e tão profundamente que é como se fosse a nossa própria consciência apenas. Nós, porém, sabemos que temos o testemunho do Espírito em nós. É nessa densa-leveza que temos o lugar de nossa sadia liberdade e saúde. Pense nisto. A questão não é podes isto e não podes aquilo, conforme Paulo denunciou aos Colossenses. De fato o que se tem é “aprender o espírito de Cristo”, e, assim, viver com liberdade de consciência. E isto não tem regras ou placas no Caminho. Ao contrário, o que se diz a um nem sempre é o que se diz a outro. Afinal, é assim que vemos Jesus praticar no caminho. Então a questão já não é posso ou não posso. De fato a questão passa a ser devo ou não devo... fará bem ou mal... me fará melhor ou pior...? _________________________________ Espero ter sido mais claro, sem enrolação e não repetitivo... Caso contrário.....desculpe... mais uma vez..e prometo não encher mais o saco.... Em Cristo Saulo _________________________________ Meu amigo, leia o site e entre nele de cabeça. Os conteúdos que aí estão têm feito bem a muita gente boa de Deus. Nele, em Quem a gente tem que seguir, confiar e crescer em consciência, Caio
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