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Cartas

SOU PASTOR E GAY.PAREI DE TRANSAR. AGORA TENHO QUE GOSTAR DE

SOU PASTOR E GAY.PAREI DE TRANSAR. AGORA TENHO QUE GOSTAR DE

-----Original Message----- From: SOU PASTOR, PAREI COM AS PRÁTICAS HOMOSSEXUAIS...AGORA TENHO DE ME CASAR? Sent: quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004 16:59 To: contato@caiofabio.com Subject: Contato do Site : Confidencial Mensagem: Rev. Caio, Saudações! Venho através desta solicitar sua ajuda;pois sou um homem que exerce o ministério há quase 20 anos, e tenho sofrido muito com desejos homossexuais. Na infância e adolescência vivi atormentado por isso; aos 19 anos me casei com uma jovem da igreja, mas nunca a amei... Tivemos juntos cinco filhos, mas mesmo assim nunca saiu de minha cabeça “aquele desejo”...até que um dia me envolvi com um rapaz, filho de um pastor muito amigo meu. Me apaixonei por ele desesperadamente... e como não tinha como esconder mais aquele sentimento, procurei ajuda entre meus colegas de ministério, e junto à mulher que dizia me amar tanto... Quão triste foi minha surpresa... Parece que o mundo caiu sobre minha cabeça. Vivi durante 8 meses em um verdadeiro inferno...então decidi abandonar o ministério e a família, e ir morar com aquele rapaz... já que todos da igreja e na cidade onde eu morava ficaram sabendo do assunto... Meus filhos no inicio da adolescência também tomaram conhecimento. Hoje vivo um dilema, pois me separei do rapaz e voltei para a igreja... Só que para todos eu venci esse problema e o meu maior dilema é que isso não é verdade... Também fui reintegrado ao ministério e estou namorando uma irmã divorciada... Gosto muito dela...mas não consigo amá-la. Amo o meu ministério, e daria qualquer coisa para continuar no mesmo sem ter que me mascarar. Tentei o suicídio duas vezes e estou sem saber o que fazer; por favor ajude-me. ____________________________________________________________ Resposta: Amado amigo e irmão em Cristo: Luz e Vida! Meu querido, sua carta carrega a cara de milhares de outros pastores. Quando disse “milhares” não estava sendo hiperbólico, mas certo do que digo. Faça-se eunuco por amor ao Reino de Deus. Que você, mesmo sendo homossexual, tenha parado com as práticas homossexuais, já significa uma vitória enorme para alguém que é homossexual e não deseja sexo...mas daria qualquer coisa para continuar no ministério pastoral. Amém! Graças a Deus! Agora, além dessa vitória, pretender que você vire heterossexual e passe a gostar de mulher—como deveria ser natural—, é pedir algo que nem Jesus disse que sofreria alterações. O Realismo de Jesus é chocante. Ele disse que há aqueles aos quais os homens fazem eunucos (ou seja: há uma interferência externa que gera aquela alteração); disse que há os que a si mesmos se fazem eunucos por amor (e aí há uma opção, uma escolha, uma decisão de se tornar...); e disse que há os que nascem (carregando de modo congênito a incapacidade da procriação, ou a ausência de membro sexual...no caso de eunucos). Ora, dizendo isto Jesus estava falando de eunucos—homens castrados, ou efeminados, ou assexuados—e que serviam nas cortes. Mas de fato o princípio de Jesus vale em seu aplicativo para toda e qualquer outra situação da vida humana, pois, Ele mesmo o estava aplicando à questão da abstinencia sexual...na questão do divórcio (Mt 19: 9-12). Os discípulos de Jesus, ao ouvirem o princípio, disseram que homem nenhum estaria apto para aquela renuncia...foi aí que Jesus falou dos "eunucos"...e afirmou que nem todos, de fato, estavam aptos a vivier como tais...não sendo. O principio, todavia, é amplo em seus aplicativos...pois é sempre assim na vida: há os que nascem...de um certo modo; há os são feitos...tendo sido objeto de determinadas e determinantes interferências...; e há os que escolhem na vida por razão do amor...nesse caso trata-se de uma escolha que gera alguma forma de resignação...por amor. Ora, voltando à nossa conversa, o princípio de Jesus manda que os Seus discípulos admitam que no Reino de Deus há pessoas que são...muita coisa...em seus interiores...em sua constituição...e que fizeram viagens diferentes na vida; não havendo, portanto, uma normatização absoluta que sirva como molde da imagem de Deus a ser usado como critério de julgamento de um homem pelos outros homens; sendo que há também os que assumem certos modos de vida...abstendo-se ou privando-se de certas coisas que lhes são inerentes...por amor ao Reino de Deus. Ele concluiu que “nem todos estão aptos para este conceito”—certamente se referindo à força da resignação promovida pelo amor ao Reino. Nem todos tomariam a decisão de se tornarem eunucos por amor ao Reino, pois nem todos estão aptos para tal de-cisão. No entanto, a mesma inaptidão para aceitar essa verdade...a fim de praticá-la...manifesta-se também como inaptidão para ouvi-la e discerni-la com Graça; ou seja: poucos também estão aptos, por amor ao Reino, a lidar com tamanhas vitimizações humanas. É por isso que há tão pouca renuncia, de um lado; e...tão pouco acolhimento, do outro. É amor ao Reino o que nos torna igualmente aptos para viver o Reino nesse extremos. Na renuncia, para uns; e no acolhimento deste..e de todos, por parte dos demais. Portanto, meu amado, você não é um heterossexual, mesmo que se case e gere filhos...você já fez isto...e sabe do que estou falando. Você é capaz de transas heterossexuais, mas você é homossexual. Há uma vida trágica comprovando este fato em você. É a Verdade que nos liberta, não é a Ilisão! Assim, meu amigo, você pode sair do armário...tirar a máscara...sim...e deve fazê-lo escapando dessa obrigatoriedade de dar “testemunho de cura do homossexualismo”, casando-se... Pelo amor de Deus não faça isto! À menos que a candidata saiba de sua condição interior...e ela mesma não se sinta obrigada a manter o casamento pela via do sexo, mas da amizade apenas. É também direito de um homem homossexual, que não pratica o homossexualismo, casar-se, se desejar, com uma mulher que saiba de tudo; e que case-se sabendo que está se vinculando provavelmente ao seu melhor amigo. Conheço várias situações assim. E as pessoas vivem bem...uma vez tirada a tirania da prova de saúde conjugal pela via da pratica sexual. As pessoas têm que ser livres para casarem-se e desenvolverem relacionamentos que lhes sejam saudáveis...ainda que para “mim” aquilo não fosse possível... Há muitas formas de ser feliz e de ser bom uns com os outros. Mas seja qual for a “composição”, só será boa se for feita em verdade, amor e liberdade de ser. Quando dois entram em acordo...eles andam juntos. Mas como poderão caminhar juntos se não houver acordo entre eles? Casamento tem que deixar de ser acordo de milhares e passar a ser apenas acordo de dois. Garanto que facilita o “andar junto”. Então, meu amigo, saia do armário, se você assim o desejar; e faça isto apenas dizendo: Eu amo o ministério...mais que tudo na Terra...e prefiro ficar solteiro na missão de realizá-lo. É uma opção sua. Não se submeta à tirania do testemunho da “cura”, casando-se sem poder dar conta do recado...seria trágico—à menos que as circunstancias sejam aquelas antes por mim descritas. Agora, vamos falar de modo prático. 1. Você precisa entrar em alguma forma de terapia. Você precisa de um acompanhamento. Alguém com quem abrir o coração e deixar vazar todo magma acumulado...isto pra evitar as erupções...especialmente agora que você voltou ao ministério. 2. Você precisa se apossar da Graça para você mesmo. Meu irmão, todos nós somos iguais...você, eu, Paulo, Elias, Tiago, os santos católicos e protestantes, e os santarrões evangélicos—sim, todos somos IGUAIS. Todos pecaram. Todos carecem da glória de Deus. Todos, meu irmão! Então, pare de aceitar essa acusação de Satanás que diz que você é diferentemente pecaminoso. É mentira. Você é igualmente pecaminoso...igual ao resto de nós. A Graça é para mim, o principal dos pecadores... Por que não seria muito mais para você? Tome posse e confie. Você verá a diferença que vai fazer...e como seu coração melhorará nessa paz. Saiba que eu e todos os que lerem esta carta estaremos orando por você, para que o Senhor lhe dê sabedoria, discernimento, e muita confiança no amor de Deus. Nele, que levou sobre Si a iniqüidade de nós TODOS, Caio
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