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Cartas

SOU CRENTE, PSIQUIATRA E GAY - estou pra me matar!

SOU CRENTE, PSIQUIATRA E GAY - estou pra me matar!

 

 

 

 

----- Original Message -----

From: SOU CRENTE, PSIQUIATRA E GAY - estou pra me matar!

To: <contato@caiofabio.com>

Sent: Thursday, August 16, 2007 4:15 AM

Subject: Escrevo-lhe em um momento de literal desespero.

 

Pastor Cáio Fábio,

Que Deus lhe multiplique graça e sabedoria!

Escrevo-lhe em um momento de literal desespero. O que eu mais gostaria de poder fazer neste momento seria suicidar-me. Não o faço porque temo a Deus que pode lançar no inferno quem Ele quiser e também para não causar sofrimentos à minha família.


Sou um cristão verdadeiro, nascido de novo e conheço o Senhor. As muitas experiências que tenho tido com Deus, todas em perfeita harmonia com a Bíblia, são evidências de que Ele me chamou para ser seu filho, assim como a você, meu amado irmão.

 

Eu já lhe ouvi pregar AO VIVO há cerca de uns vinte três anos.

Sou médico psiquiatra e tenho, graças a Deus, podido ajudar muita gente, como cristão e como médico, menos ajudar a mim mesmo.

Tenho, ao longo de 26 anos de caminhada cristã, travado uma luta cruel e já agora insuportável contra minhas inclinações homossexuais.

 

Penso estar, de algum modo, morrendo...

 

Antes de ser cristão, não travava luta alguma, já era um escravo derrotado e moribundo, sendo conduzido à morte, a qual eu via face a face. Nem sequer sabia como lutar. E agora, conhecendo a Deus e não mais sendo um escravo do pecado, estou sendo vencido por essa miséria de atração da qual não consigo me ver livre.

Os estudos em psiquiatria e em psicologia sobre o tema não têm poder algum para, sequer, minimizar esta tortura.

 

Sei que ao cair nesse pecado obtenho ganhos, isto é, a minha carne. Ganhos sempre acompanhados de muitas e grandes perdas morais, financeiras, laborais, familiares e, sobretudo, pessoais.

 

Além de angústias e desesperos indescritíveis, depressões profundas, e muito graves, e um horrendo e intenso desejo recorrente de suicídio.

Procurei uma famosa colega psiquiatra que apontou uma relação mórbida que faço entre homossexualismo, marginalidade, sujeira e submundo.

 

E, de fato, sempre que caio nesse pecado termino em alguma pocilga que pensava nunca mais ver desde que entreguei a minha vida ao Senhor Jesus Cristo.

 

Não o culpo por nada e não blasfemo contra Deus. Culpo a mim mesmo e já nem mais sei se irei para o céu, a não ser pela esperança em Cristo.

 

Estou próximo de um limite muito perigoso, com literal risco de vida; pois simplesmente não agüento mais cair nesse mesmo buraco tantas e repetidas vezes.


Pastor Caio, pelo amor a Cristo, me ajude!

 

Trato de muitos doentes esquizofrênicos e retardados mentais, e já cheguei ao ponto de invejá-los, pois muitos deles são alienados, e eu queria poder ser retardado e alienado; e sei que sofreria menos.

Não estou sendo infantil, acredite-me; e se a Igreja de Cristo já conhece uma solução para o homossexualismo, porque eu não sei qual é?

 

E quanto ao celibato, se esta for a única solução, terei de passar por um difícil processo de re-aceitação dessa realidade. Isto porque fui um celibatário por três anos seguidos, após os quais fracassei.
Não consigo mais escrever nada, amado Caio Fábio, meu irmão em Cristo.

Sou moderadamente conhecido por vários psiquiatras brasileiros, por isso utilizarei um pseudônimo, o que evidentemente não faria se estivéssemos conversando face a face.

Já é chegada a hora do tudo ou nada. Mas estou muito fraco física, mental e espiritualmente.

Que o Senhor Jesus Cristo possa conceder que você me auxilie e que ele lhe faça ainda mais feliz.

Lembrando: É um pedido de auxílio emergencial, meu irmão.
_________________________________

 

Resposta:

 

Meu amado irmão no Senhor de todo amor, graça e misericórdia: Paz seja sobra sua alma!

 

 

Médico, cura-te a ti mesmo” — foi o que Jesus disse que os de “Nazaré” diziam a ele.

 

A associação que sua amiga psiquiatra fez, apenas mostra o cenário da dinâmica psíquica que o acomete; mas sem a historia de sua vida, e sem o histórico de tais pulsões, pouco se pode dizer sobre a causa tópica ou sistêmica do problema. Portanto, quando puder, me ilumine com tais informações.

 

A questão agora já nem é sua homossexualidade, mas sim sua idéia de homossexualismo suicida.

 

A homossexualidade existe em muita gente que não a associa ao homossexualismo.

 

A homossexualidade tem seu equivalente antitético na saúde da heterossexualidade. Já o homossexualismo teria sua equivalência na heterossexualidade tarada na prática sexual como ideologia e compromisso de promoção da causa.

 

Na homossexualidade se sofre; no homossexualismo se gargalha e se faz promoção.

 

Assim, você tem pulsões homossexuais, mas não tem nada a ver com homossexualismo.

 

Pelo que vi você é casado e tem muitos compromissos de amor na vida, com a família, os irmãos, os pacientes, etc.

 

Assim, sua pulsão suicida é fruto de seu pânico moral; e não de uma convicção acerca de Deus.

 

É obvio que a homossexualidade não é parte da natureza sadia da sexualidade, sendo antes uma anomalia dela.

 

E assim como há anomalias inatas (de nascença — você sabe bem disso como médico), há também disfunções sexuais inatas; embora haja muitas formas de homossexualidade que são “aprendidas” ou “forçadas sobre a alma” em razão de traumas primitivos na infância ou na puberdade.

 

Há quem nasça assim; assim como há quem nasça cego, ou com disfunções mentais, ou de qualquer outra natureza.

 

A seqüência de Jesus sobre os “eunucos” mostra o fenômeno da homossexualidade em seus vários aspectos:

 

1.                Há os nascem eunucos—ou seja: destituídos de membro sexual ou de função sexual. Ora, essa é uma anomalia inata.

 

2.                Há os que os homens fazem eunucos; e na antiguidade isso poderia ser pela simples castração a fim de fazer de um homem um guarda de haréns ou um escravo sexual de seu dono; assim como hoje em dia há os que são “feitos eunucos” (assexuados; ou sexualmente condicionados), em razão de abusos sofridos e de traumas instalados como pulsão perversa. Ora, esta é uma condição psicológica adquirida pela violência ou pelo abuso viciante ainda nas idades tenras.

 

 

3.                Há os que se fazem eunucos; ou seja: os que optam por uma vida sem sexo por amor ao reino de Deus; seja porque não desejaram jamais casar; seja porque não tendo a pulsão sexual normal, preferiram deixar tudo de lado e convergirem toda a sua energia para a ação de amor no reino.

 

Ora, mesmo sem conhecer o histórico, todavia, é fácil perceber que você cai nas duas primeiras categorias.

 

No caso dos “inatos” e no dos “feitos pelos homens” — Jesus constata o fato sem juízo algum a respeito, mas apenas lida com o casuísmo imposto pela realidade perversa deste mundo caído.

 

Dizer que Jesus nada disse acerca de tais fatos porque na Lei de Moisés já estava dito que tais pessoas deveriam ser apedrejadas, é insanidade procedente de mentes sem Deus e possessas dos desígnios do diabo.

 

Se assim fosse a adultera de João 8 teria sido apedrejada; pois, Jesus nem teria dado resposta dissonante aos tarados que se reuniram a fim de apedrejá-la; pois, em tal caso, Jesus apenas teria dito: “Façam como Moisés mandou!”

 

Não! Jesus trata o eunuco “inato” e o “feito” com toda misericórdia; e só não vê isso quem já não olha com olhos de amor, mas apenas com as pulsões homicidas do diabo.

 

Entretanto, Ele louvou aqueles que se tornam eunucos por um amor maior: o amor ao reino.

 

A conclusão Dele, entretanto, é que nem todos os seres humanos estão aptos para a última escolha: a de se fazerem eunucos por amor ao reino.

 

Ninguém quer nascer gay, assim como ninguém quer nascer cego, surdo, mudo, aleijado, ou com qualquer que seja a anomalia.

 

Ora, eu não sou politicamente correto e jamais serei; e, para mim, a condição homossexual é anômala.

 

Quem diz que ser homossexual é o máximo é apenas aquele ser que sendo, e tendo sido hostilizado por isso, faz de sua anomalia uma ideologia: aí surge o homossexualismo.

 

Jesus não falou do tema, mas Paulo falou. E no contexto no qual Paulo falou, a referencia era ao Império Romano e suas práticas que faziam Sodoma e Gomora tornarem-se uma creche de gays puros e inocentes, tamanha era a perversão que se generalizara como uma infecção social endêmica.

 

Assim, Paulo não falava de um ser em angustia e dor, mas de pessoas descaradas e cínicas, e que apregoavam o homossexualismo como projeto de vida e como caminho normal de todo romano livre.

 

Portanto, tomar os textos de Paulo, sem contexto histórico, e fazê-los serem o equivalente de Levitico, tanto é ignorância, como também é a negação do que em Jesus foi abolido como penalidade histórica contra o homem que se deitava com outro homem.

 

Os efeminados que não herdarão o reino de Deus são os que fazem de sua situação um proposta cínica de existir.

 

Suicídio...

 

Desejo de suicídio é o que acomete em geral os crentes que sofrem a mesma dor que você.

 

Sim! Porque em razão dos juízos morais aprendidos na “igreja” e também com base nos sentimentos de falha e decadência que tais morais instalam na pessoa, o que sobra é desejo de morrer.

 

Afinal, quem em sã consciência, sentindo-se como você se sente, e vendo Deus como você vê [Deus de Moisés; Deus do Levitico] — poderia pensar em qualquer coisa senão em suicídio?

 

Daí os grandes gays suicidas de hoje serem os crentes; e, entre eles, os muitos filhos de pastores que preferem a morte ao abraço gelado do juízo satânico que recebem.

 

A questão é:

 

Quem vale mais: o homem [com todas as suas idiossincrasias] ou sua anomalia?

 

Ora, se pela anomalia o homem perder seu valor — tanto quem assim pensa, não pensa como Jesus; como também deve admitir que pensa a vida no mesmo espírito de Hitler.

 

Assim, suicídio jamais. Quem enseja o suicídio é aquele que ama a morte; a saber: o diabo. Essa persuasão, todavia, não vem do Espírito da vida.

 

O que você precisa saber é que sendo gay ou não, Deus ama você, assim como ama os severos tarados que ao olharem você desejariam que você sumisse do mapa de suas existências; ou, então, que milagrosamente passe a dizer, para fins de consumo moral-hipócrita, que já não é gay; assim como o fazem a maioria dos profissionais do “testemunho de ex-gay”; os quais choram sozinhos, pois, pregam e ensinam o que não vivem; visto que eles mesmos me escrevem dizendo que matam um leão por dia quando nada fazem; ou, então, que quase se matam sempre que fazem; e muitos deles “fazem” até mesmo com os crentes que à noite participam do teatro anti-gay que tais pessoas propõem como meio de vida [grana], enquanto por tal meio vão perdendo as suas almas.

 

Jesus ama você. Ele amou o cego de nascença. E não respondeu a pergunta sobre quem havia pecado para que tal tragédia tivesse acontecido. E curou o cedo.

 

Mas quantos cegos de nascença havia nos dias de Jesus e que passaram Seu caminho sem serem curados?

 

Hoje, portanto, apenas repreendo em nome de Jesus esse espírito de morte e suicídio que tenta se instalar em você.

 

Entretanto, pegue um avião no Rio e vá à Brasília assim que eu retorne para lá [após meu pai e minha mulher estarem bem; o que se Deus quiser será logo] — e terei prazer em ajudar você pessoalmente.

 

Enquanto isto leia o site; de preferência todo ele; e por meio dele sua alma encontrará as bases do descanso que você precisa AGORA, para, então, depois de tudo, com você pacificado, a gente buscar o caminho da paz e da liberdade interior que em Jesus você pode obter.

 

Creia e viva!

 

Deus não é o diabo!

 

Leia aqui no site umas postagens recentes sobre “homofóbicos e heterofóbicos” (são 3 cartas). Leia especialmente a última, e você entenderá a acusa dos crentes serem tão confusos e talibanicos quanto ao tema.

 

Faça o que lhe digo; e creia no Evangelho; pois se ele é Boa Nova até para loucos, por que não o será para um homem honesto e em grande agonia?

 

 

Nele, que ama a quem ama a vida,

 

 

Caio

 

16/08/07

Manaus

AM

 

 

 

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