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Cartas

MINHA MULHER ME LEVA A TRAÍ-LA. O QUE FAÇO?

MINHA MULHER ME LEVA A TRAÍ-LA. O QUE FAÇO?

-----Original Message----- From: Minha mulher está me levando a traí-la To: contato@caiofabio.com Subject: Ela não cumpre suas obrigações Mensagem: Sempre fugi do adultério, mas desde que me casei minha esposa sempre demonstra um comportamento de desânimo e preguiça. São tarefas domésticas não realizadas, excesso de sono; e como ela não trabalha fora, eu freqüentemente chamava a atenção dela. Nunca houve motivo para tal, pois como família cristã tínhamos que dar exemplo, e viver em harmonia, e sobretudo cumprirmos com nossos tarefas. Na vida conjugal, no que tange a vida sexual propriamente dita, não tínhamos problemas, mas nossas diferenças e a forma de ela agir me levaram a tomar uma decisão: a separação. Essa decisão tomei em uma das viagens que fiz, porém antes de formalizar isto (apesar de que sempre fui contra, mas não conseguia agüentar mais esta situação), conheci uma pessoa, com quem me envolvi. Porém como somos de mesma fé, acabamos não concluindo o que começamos, a consumação física do adultério. Mas isto causou uma grande interrogação na minha vida. Minha esposa me perdoou, porém se ela não conseguir mudar, ficarei casado, porém claramente infeliz com a falta de mudança na vida dela. A amo muito, mas comparo sua atitude como se eu fizesse de qualquer maneira meu trabalho ou fosse quando quisesse. Isto certamente me levaria perder meu emprego e no caso dela perder a família. Sei que Cristo não fez nada para merecer meu erro, mas sinto a necessidade que minha esposa tente melhorar, pare que eu não volte cair. Sei que ela tem uma carência em conhecer o pai, que não sabe o nome ou como é fisionomia dele, ou qualquer outra informação. Percebo claramente que esse é o maior problema dela, pois não luta pelo que quer para não magoar a mãe dela, e não me deixa ajudá-la. Que devo fazer? ____________________________________________________________ Resposta: Meu amigo querido: Paz! Só há uma coisa importante, o resto é desculpa: você ama ou não ama a sua esposa? Tudo o que você me disse pode ser “realidade”, mas me parece mais um álibi. Se não, veja: 1. Você fica cansado com a lerdeza dela. Parece estar “cheio”. 2. A sua primeira frase foi “sempre fugi do adultério”. Uma das últimas foi: “sinto a necessidade que minha esposa tente melhorar, pare que eu não volte cair”. Ou seja: ela é a “responsável” por qualquer coisa que lhe aconteça, assim como já foi a “responsável” pela sua quase-transa com a outra irmã na fé. 3. O que vejo é que você a “traiu” numa de dizer: Olha bem, se você continuar assim, vai perder o “emprego”. Aliás, todas as suas queixas são feitas acerca de uma empregada de luxo que não cumpre seus “deveres”, como você disse: “suas obrigações”. 4. A razão de você ter contado o “caso” para ela deve ter sido para ver se ela se emenda. Do contrário, ou você teria se “corrigido” sozinho, e resolvido tudo com Deus em sua própria consciência; ou teria se divorciado dela. Mas o modo como fez é muito “badeiroso”. Você estava seqüestrando a bichina, que é tremendamente insegura, e depende de você para tudo. 5. O perdão dela provavelmente é fruto da dependência e da impotência dela. Se ela fosse outra pessoa, e não estivesse completamente na “sua mão”, certamente você estaria “vendo navios”. 6. Sugiro que você olhe para seu próprio coração e veja se a ama de verdade, não como obrigação cristã de dar “exemplo”. 7. Não transfira para ela suas próprias carências. Ela tem as dela. Se você a ama, ajude-a; mas a trate como a uma “funcionária” que não faz por merecer o salário que ganha. 8. Se você não a ama, separe-se dela com dignidade e cumpra seus compromissos todos—os legais e os do amor cristão! 9. Leve sua esposa ao médico. Ele deve sofrer de alguma disfunção orgânica, para não falar que você também deve ser um marido “esmagador”, uma espécie de “capataz do lar”. Nesse caso, se ela já está doente, ficará mais ainda. 10. Uma mulher como a sua, casada com um cara que vê a mulher como você vê, não precisa nem de um “pai sem nome” para explicar a carência. Ela precisa de ajuda psicológica também. E você não é o psicólogo indicado. Sei que você pode estar me achando “duro”, mas, sinceramente, acho que você está precisando se enxergar um pouco. Se eu fosse você buscaria ajuda psicológica também. Ela tem um problema com a ausência da figura paterna. Você tem um problema com a figura da materna. Como seu pai tratava a sua mãe? Vocês dois precisam de “tratamento”. Se nada resolver, separem-se com todo respeito e sem acusações mútuas. E não arranje ninguém para “justificar” a sua separação; e muito menos ainda ponha a culpa em sua esposa. Ela é apenas quem ela tem sido. Você ainda nem sabe quem ela pode vir a ser. Todavia, casamento não é nem “missão” e nem “tortura”. Receba meu abraço carinhoso, apesar das palavras tão objetivas. Nele, Caio
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