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Cartas

ESTOU MUITO FELIZ!

ESTOU MUITO FELIZ!

 

Estou muito feliz. Alguém pergunta: “Como? Como estar feliz escrevendo o que você escreve sobre o futuro da humanidade?”

Jesus disse que quando “estas coisas acontecerem”, o que se deve fazer é erguer “as cabeças, pois a redenção se aproxima”.

“Exultai...” — ordenou Ele.

Paulo disse que se nossa esperança em Cristo (porém, sem Cristo pela falta de fé na Ressurreição) se limitasse apenas a esta existência, tal nos colocaria no ambiente existencial dos “mais infelizes de todos os homens”.

Assim, até para se ter qualquer que seja o significado para esta vida, tem-se que ter a força da vitalidade existencial e miraculosa da Ressurreição; primeiro como fato; depois como fator.

Entretanto, também estou feliz com tudo o mais.

Sim! A tragédia da Terra e da Humanidade está confinada à certeza da volta do Senhor. E a vida aqui na Terra, em razão de tal esperança e certeza, ganha um sabor diferente, e que tanto nos capacita a viver a gravidade feliz da consciência, quanto também nos permite a leveza de cuidar de plantas, flores, frutos, aves, peixes e jardins.

Se me dissessem que o Senhor voltaria amanhã à tarde, ainda assim amanhã cedo eu alimentaria todos os “meus bichinhos” no quintal e no jardim.

Nenhuma força de esperança deste mundo tem o poder de alegrar o coração de alguém que veja o mundo como um lugar de iminente juízo. Não! Não existe na Terra tal poder de significar a existência às portas da autodestruição.

Somente a certeza da Ressurreição carrega o poder de significar a existência hoje, em razão de sua ancora na Plenitude do Além Aqui.

Estou feliz. Sim! Exultante. Sim! Como um ser privilegiado. Como um escolhido para testemunhar a Glória que é precedida pelo padecimento, conforme a ordem determinada por Jesus, quando disse: “Por ventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?”

A vida não vai acabar. Somente o mundo. Mas para nós, que cremos, desde já existem, em nós, novos céus e nova terra, nos quais habitam justiça, alegria, festa, bodas, reconciliação, entendimento, cura, e intimidade com Deus, em crescente individuação — e tudo isto... e muito mais... além da compreensão...; acontecendo na plenitude da suportabilidade para o finito; porém, ainda finito invadido pelo Infinito.

O finito, todavia, será absorvido pelo Infinito, até que seja infinitamente finito em sua finita infinitude.

Estou in-finita-mente feliz!


Nele,


Caio

27/12/06

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