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Cartas

ENCONTREI CONSOLO MESMO QUANDO MEU IRMÃO TIROU A VIDA

ENCONTREI CONSOLO MESMO QUANDO MEU IRMÃO TIROU A VIDA

-----Original Message----- Amigo, irmão e Meu Pastor. Ec 11.1 - 1 LANÇA o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.; João 13.7 – O que faço não sabes agora, compreende-lo-as depois ; Ro 8.28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. A alguns anos estava com muita dor no coração, sabia o que a ocasionava, e sabia que doía e muito, por acaso acabei comprando uma de suas mensagens e o Titulo era "LANÇANDO O PÃO SOBRE AS ÁGUAS. Não sei se lembra desta mensagem, mas ela falava dos momentos em que a vida se pinta de cores que não podemos suportar focar, em que ela se traveste de situações as mais inusitadas e doloridas, que mesmo aqueles que tem o feeling mais aguçado, que conseguem fazer previsões a longo prazo, que conseguem ter respostas em quase todas as circunstanicas, que em muitas situações pode ver um novo horizontes, descobrem não estar preparados para suportar. Perdi meu irmão ao 24 anos, ele tinha 22, acordou pela manhã, viajou com meus pais e com a arma do meu Pai após o almoço tirou a própria vida, qual resposta dar diante disto? Talvez que sua pergunta seja a mesma que a minha diante da dor que não quer calar, talvez seja diferente, mas independente da pergunta sei que o consolo vem do Céu, vem de um Deus que não permite que vejamos o todo, que permite apenas que vejamos parte e, que com sua misericórdia e graça nos afirma o que lemos em Romanos 8.28. No momento em que a vida se pinta de negro e o luto e o prantear parecem ser a única opção, podemos ser consolados sabendo que não acabou aqui, que a derrota não foi decretada e que Jesus venceu a morte e nos garante revermos nossos amados em um futuro próximo. Mas o importante desta experiência não esta na dor pela dor, mas é o fato de que este sofrimento, esta tragédia, é para nos tornar e nos moldar na pessoa que Deus quer que sejamos, e, que Ele em sua infinita misericórdia nos poupou de um mal maior. Reverendo, não tenho nada a dizer-lhe para consolar seu coração, mas posso me colocar a sua disposição para o que for necessário, e colocar-me diante do Deus em quem Creio pedindo-lhe que o console e conforte assim como o fez comigo. Um grande beijos de seu amigo e sua ovelha. Marcos Gomes Oliveira – Aluno Fac. Teol. Batista de São Paulo ____________________________________________________________ Resposta: Meu querido irmão e amigo no Senhor Jesus: Segurança eterna há Nele! Meu coração está absolutamente consolado e grato. Mas isto não significa dizer que não dói. Dói sim, e muito mais que a palavra dor pode significar. Viver dói! Amar dói! Ter filhos dói. Criá-los dói. Sepultá-los, dói mais que a dor... Todavia, em nada tal dor se incompatibiliza com o conforto, a paz, a certeza, a segurança, e a alegria de amar alguém que, agora, de fato, está bem para todo o sempre. Quanto ao seu mano, só Deus pode saber as causas de seu desespero, e quais foram as dores reais, todas subjetivas, que o levaram a abreviar a própria existência física. Meu coração, no entanto, sempre foi cheio de meiguice e misericórdia por todos os suicidas. Tive amigos e parentes (um tio) que se suicidaram. Entretanto, diferentemente do que ensina a “teologia”, eu sei que vou encontrar com eles todos no Senhor. E por que? Não seria este um pecado imperdoável? Quem se suicida não está deixando de querer viver; ao contrário, o suicida quer vida, ele não agüenta mais é existir sem a vida plena. Quando o pior que se conhece na existência é a morte, a gente quer viver; mas quando o pior que se conhece vida é a existência, então, quer-se morrer...a fim de encontrar a vida. Ninguém se suicida querendo morrer! Todo suicida quer outra vida, não vida nenhuma! A Bíblia dá testemunho desses “desesperos da própria vida”, como disse Paulo. E poucos não foram os que pediram para si a morte...ou pelo menos a abreviação de seus dias de existência sofrida. Meu filho amava a vida, mas não gostava do “mundo”, conforme ele é. Durante anos esta era sua angustia: a existência, cheia de mentiras, enganos e repleta de vazio. Ele era um ser do Eclesiastes! Nos últimos dois anos Deus cuidou dele bem no colinho. No último ano colocou-o no peito. Nos últimos dois meses de vida deu-lhe de comer. Na última semana deu-lhe uma “estranha alegria”, preparando-o para “voltar para casa”; daí porque o próprio Lukas ter saído se “despedindo” de um monte de amigos; ainda que ele estivesse cheio de vontade de fazer coisas, como nunca havia estado antes. Eu sou um pai grato, e um filho do Pai que tomou meu filho, que antes de ser meu, sempre foi Dele! Saudades? Bem, isto eu vou sentir até reencontrá-lo. Um beijo muito amigo e carinhoso! Nele, que preparou para nós muitas moradas, Caio
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