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Cartas

ELE QUASE ME TRAIU — por isto o traí! (I e II)

ELE QUASE ME TRAIU — por isto o traí! (I e II)

 

 


From: ELE QUASE ME TRAIU — por isto o traí!
To: contato@caiofabio.com
Subject: Me ajude!
Date: Sat, 19 Aug 2006 19:48:09

 


Querido Caio!


Te escrevo; pois estou num momento difícil e delicado da minha vida. Tenho lido a cada dia as cartas no site e me identifiquei com uma delas (ela esta em anexo).
 
Atualmente estou com quase 41 anos, irei completá-los em novembro.

Estou morando em Londres há cinco anos. Viemos (eu, marido e dois filhos) pra cá por causa do trabalho dele. Bem, eu vi meus projetos do Brasil jogados no mar... Tinha o projeto de fazer psiquiatria, eu era farmacêutica. Mas sempre sonhei em ser psiquiatra...

Vou encurtar a historia senão tudo vai ficar muito longo.

O fato é que quando meu mais novo era pequeno, ela deveria ter uns cinco anos (hoje ele está com 15 anos) — meu marido "quase" me traiu com uma amiga nossa da igreja, que começou a trabalhar com ele.

Ela exigiu que ele deixasse o cargo dele na igreja caso ele não parasse de fazer o que estava tentando. Nisto, ele, meu marido, resolveu abrir o jogo comigo e falar com os outros líderes da igreja. Eles, os líderes e ele, disseram que eu teria o direito de me separar se quisesse. Mas eu resolvi perdoar e procurei ajuda psicológica.

A terapia foi muito boa pra mim, eu estava disposta a ir até o fim, até o fundo das nossas questões; ir atrás da verdade mesmo. Só que ele, meu marido, sempre foi reticente... Pra ele poder ir comigo sempre era um custo... Era como se fosse um favor pra mim. Fui muitas vezes sozinha. Esse tempo foi passando... até que a proposta pra vir pra Londres apareceu.

Tivemos que preparar tudo muito rápido. Ele partiu após a virada do ano. E eu cheguei aqui cinco meses depois. Tivemos que lutar unidos por todos os nossos direitos. Esse filho mais novo de quem te falei, tem necessidade de um tratamento médico bem especifico. Graças a Deus aqui ele tem direito a 100% do tratamento; e tudo o mais... Ou seja: não pagamos nada por isso.

O fato é que desde esse tempo, dessa "quase" traição, meu amor pelo meu marido foi minando... Meu marido sempre foi muito critico de mim, exigindo sempre que eu tivesse sucesso na minha profissão, o que era difícil pra mim, pois, com os filhos pequenos, era complicado.

Eu, nessa época, me realizava como mãe, investindo tudo no tratamento do pequeno, me encontrando com outras mães/pais com crianças com outras deficiências, mas onde podíamos trocar experiências. O que foi fundamental pra minha cabeça. O fato é que, antes, aí no Brasil, pra poder pagar o plano de saúde, meu marido era obrigado a trabalhar que nem um louco, e sofria por não estar tão presente em casa.

Aqui na Inglaterra, apesar das vantagens de não ter que pagar nem plano de saúde e nem escola — meu marido podia chegar mais cedo em casa e participar mais da vida familiar. Entretanto, mesmo com essas possibilidades, as coisas não melhoraram muito entre nós. Tínhamos discussões difíceis, em razão das quais eu dizia pra mim mesma que estava na hora de lutar pela minha independência financeira aqui na Inglaterra pra poder me separar.

Ele não exigia nada de especifico como sexo anal, mas exigia que eu fosse uma mulher que nunca fui e que nunca vou ser. Ele nunca soube me admirar simplesmente pelo que sou. Eu sempre me vi encurralada, obrigada a fazer e acontecer pra poder ser admirada por ele. Isso começou a me cansar muito. Depois de dois anos aqui, entrei para uma das melhores e mais respeitadas Universidades do mundo. E entrei com meu velho diploma de farmacêutica, profissão que não posso exercer aqui. Terminei esse curso e descobri que não posso fazer muita coisa com ele, visto que pra fazer concurso para ensinar, é exigido a nacionalidade inglesa. Então me inscrevi no curso de Psicologia, que devo começar ainda este ano. Trabalho também como “recreadora” nas escolas; o que me permite ter um bom salário, e tempo pra acompanhar meu filho nas sessões médicas.

Viajamos ao Brasil de férias no ano passado, e a situação do nosso casamento degringolou. Ele, meu marido voltou um mês antes de mim e quase teve um caso com a secretaria, que tinha brigado com o namorado. Ela queria um filho e perguntou ao meu marido se ele poderia engravidá-la. Ele não queria; então eles "terminaram"; e pouco tempo depois ela reatou com esse namorado e engravidou.

Cheguei do Brasil com os meninos, e ele quis ir pegar uma outra amiga na estação de trem; amiga que tinha conhecido no final das férias. Eu fiz uma argumentação de ciúme e ele ficou arrasado e não foi. Depois disso ele me disse que eu precisava encontrar novas amizades pra deixá-lo viver em paz as dele. 

Não sei se você percebeu, mas meu marido esteve sempre nesse "quase".

Comecei a trabalhar e conheci um novo colega, uma pessoa contente por ter uma brasileira como colega. Começamos a nos ver fora do ambiente de trabalho. Eu pensava que ele estava confundindo as coisas, ele era casado e me assegurava que entre a gente era só amizade. Mas as coisas não ficaram assim. Nos envolvemos. Resolvi ir até o fim. A primeira vez que aconteceu foi muito pelo fato de eu ter me casado virgem, muito nova (e namorar bastante era mal visto)... Aquelas coisas de igreja que hoje me dão nojo! Fui pra ver “qual que era” apenas por curiosidade. O problema é que pra ele não podia ser assim. Nossa relação foi avançando.

Outro fato é que eu, que já estava muito de saco cheio do meu marido, só fiz piorar as coisas. Quando aconteceu essa "traição" fiquei com pena dele, e resolvi que nunca mais iria trair com ninguém. Por sua vez, ele, meu marido, também não estava mais suportando estar comigo. Conversamos francamente e decidimos que queríamos nos separar. Conversamos com as meninas dizendo que o amor entre papai e mamãe tinha acabado, mas que o nosso amor de pai e mãe nunca iria mudar. Elas entenderam bem.

Meu marido foi passar um tempo na casa de um amigo, mas teve que voltar pro mesmo teto que eu, pois começou a ficar caro ficar na casa desse amigo. Nesse meio tempo, pra piorar ainda mais a situação, eu reconheço que tomei sobre mim todas as neuroses; ou seja, as minhas e as do meu ex-marido, e trouxe meu namorado na minha casa (coisa que eu sei, não era pra ter sido feita).

Meu filho mais velho chegou mais cedo da escola e viu ele, que tirava um cochilo no sofá. Ele, que já desconfiava, se virou contra mim, dizendo que eu deveria ter contado pra ele, que eu a desmerecia como pessoa que ele é, e que eu o amava menos que ao irmão mais novo.

Estou decidida a parar com meu namorado, deixar ele também decidir claramente a situação dele de separação (disse a ele que se ele se separar que seja por ele mesmo e não por mim).

Meu ex-marido se coloca numa posição de coitadinho, de vitima, sendo eu a grande culpada do fim do nosso casamento.

Já conversamos sobre isso pra esclarecer as coisas, mas ele age sempre como se a verdade fosse só a "traição" concreta que eu realizei.

Ele argumenta que esses deslizes que ele cometeu acontecem com todas as pessoas, em todos os casamentos.

Concordo, mas quando falta admiração, tesão e amor, fica difícil, né? Meu filho mais velho está de "aliança" com o pai e não tem falado comigo. Diz que eu não mereço o respeito dele. Tenho deixado ele respirar, não insisto na comunicação; vou deixar ele se aproximar quando for o tempo dele.

Meu ex-marido não perde uma oportunidade pra me acusar ou pra me provocar. Escuto e digo pra mim mesma: "Isso não é pra mim". Não mexo nenhum músculo. Tenho aprendido a me controlar. Falo com ele o mínimo necessário.

Lendo as suas cartas decidi que devo me distanciar do meu namorado pra poder enxergar melhor as coisas. Será que eu estou amando ele de verdade ou ele só serviu de pretexto concreto pra mim mesma, pra justificar a separação?

Isso tudo eu enxergo como herança da religião louca, dita evangélica, que não tem nada a ver com a Graça e nem com o Amor de Deus.
 
Espero que essa carta chegue aos seus olhos, e que eu tenha passado dados suficientes pra você.

Te amo muito e dou graças a Deus pela sua vida, através da qual a gente pode claramente enxergar traços dessa maravilhosa Graça. 


N'Ele em quem podemos viver em novidade de vida.
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Resposta:


Minha querida amiga: Graça e Paz!

 

Que bom saber de você depois de tanto tempo; e, mesmo a despeito dos motivos desta carta, me alegro em saber que, no que diz respeito às coisas essenciais, você está bem.

Li sua carta meticulosamente. Não há muito a ser dito, pois, do ponto de vista psicológico, não há muito a ser dito a você; talvez houvesse muito mais a ser dito a ele, mas não é ele quem está me escrevendo.

Por que não há muito ser dito?

É que suas neuroses, etc. — são realidades da vida. Portanto, não são neuroses; pois, nesse caso, neuroses são realidades que são exageradas por nós, quando chamamos a responsabilidade de todas as coisas para nós, mesmo quando sabemos que elas não são somente nossas.

Entretanto, há duas áreas na quais tenho alguma coisa a dizer: os “quase” dele, e os seus filhos.

Com relação aos “quase” dele, saiba: são quase seus... Sim, porque é você, e não ele, quem tem a direito de saber se algo foi ou se apenas “quase” foi — com relação a qualquer envolvimento dele com quem quer que seja. E, você sabe, ele não está lutando pelo casamento agora, tanto quanto não esteve antes. Lutou pela família, mas não pelo casamento.

Sobre os “quase” dele, digo a você que ele ou tem problemas ou foi além do “quase” — mas, como bem evangélico, julga que estuprar e não matar, já é um adianto na defesa pessoal-moral-religiosa. E é mesmo!

Assim, prefiro ficar com a sua narrativa de corroboração com a dele. Entretanto, mesmo que as coisas tenham sido como foram (não muda nada!) — o que é evidente é que ele não estava preparado para casar. Ou, então, é evidente que ele não estava pronto pra lidar com as dificuldades da vida conjugal, e se frustrou; procurando, por essa razão, se sentir melhor nos olhares de desejos de outras mulheres. Ou, quem sabe, ele nunca foi além do “quase” por julgar que seria até ali que você iria, se fosse com você a situação. Talvez por essa razão ele hoje se apegue tanto ao “quase” dele, julgando você convenientemente a partir dessa suposta virtude dele de “quase” ir, mas na hora H não ir mesmo.

Insegurança masculina, se a pessoa é filha da moral evangélica, pode gerar esse “quase”. Sim, porque na experiência do “quase”, a pessoa fica achando que teve o que queria (admiração e desejo do outro); e, além disso, também foi massageada no ego, provando para si mesma que ainda está viva e com potencial de conquista.   

As mulheres, em geral, quando partem pra algo assim é porque já estão dispostas a ir até o fim; pois, em geral, a mulher só faz isto, sendo ela sadia de alma, se houver algo afetivo rolando. O mesmo não se pode dizer do homem. Sim, porque o homem, quando tem o histórico cristão de seu marido, tende a se satisfazer com o “quase”. O “quase” já disse a ele que quando quiser de verdade as presas ainda estão livres no campo...

Sobre ele ter firmado posição quanto a desejar que você fosse boa de trabalho e renda familiar, saiba: já era álibi dele para si mesmo, a fim de se justificar no caso com a 1ª pessoa, da igreja, pois, como você disse, além de crente e casada, ela também trabalhava com ele; o que, para ele, se tornou perfeito quanto a dizer a você que admira mulheres que trabalham fora.

O que ele jamais imaginava era que no ambiente de trabalho haveria homens como ele para você!

Além disso, não é pra descartar a possibilidade (até inconsciente) de ele ter empurrado você pra fora de casa como “teste”. Talvez, lá no fundo, ele tenha desejado ficar “even” com você em relação ao tema, e, assim, tenha até inconscientemente desejado que você “aprontasse alguma” a fim de empatar o jogo moral.

O fato é que fosse o que fosse ele jamais esperava que você se apaixonasse. Daí o susto dele!

Ora, tudo o que disse até aqui tem apenas a finalidade de buscar entender as causas.

Desse modo, prossigo para dizer que seu “amor” pelo seu colega de trabalho tem tudo para ser mera transferência, fruto de sua imensa carência afetiva e sexual. Isto sem falar nas tristezas que você teve com seu marido como mulher.

É como fazer da queda de uma manga de uma mangueira cheia de frutos algo extraordinário. Não é! De fato dadas as circunstancias, é natural. 

Prosseguindo, digo a você que acho muito difícil que alguém saiba se está amando outra pessoa num contexto como o seu.

Pode ser tudo, e não ser ainda amor!

No deserto, com fome e com sede, a gente costuma ver miragens! 

Portanto, acho mais do que recomendável que você dê um tempo em tudo o que diz respeito ao assunto — inclusive com seu namorado. Se não for em respeito a você mesma, que o seja em respeito à família dele.

Digo isto porque NINGUÉM É FELIZ NO CHÃO DA MENTIRA!

É obvio que levar... e continuar deixando o cara aparecer pra pegar você... é algo trágico para seus filhos e para o futuro de vocês como família.

Assim, mudo o nosso tema para os filhos!

Lembra que você disse a eles que se “papai e mamãe” se separassem isto não iria afastar vocês como família”?

É a sua vez de mostrar como é isto; pois, de fato, agora está sobre você a responsabilidade concreta de mostrar como você lida com a família diante de sua crise pessoal.

Nesse ponto você pode perder os filhos por muito tempo; ou pode mostrar o valor de seu compromisso materno, tratando do assunto com a genuína responsabilidade de uma mãe. E, saiba: não há neurose em ser genuína e sobriamente responsável com as coisas da vida; e nada é mais vida para uma mãe que seus filhos.

Você foi de uma transparência suicida quando levou o cara lá. E, também saiba, não há filho capaz de suportar algo assim nem mesmo quando o pai é um calhorda — e não é o caso!

Portanto, termine com o cara e peça perdão aos seus filhos pela sua falta de bom senso. Não tente se explicar, pois, em tais explicações só existe confusão.

E mais: fique calma e na sua. Entretanto, não caia na passividade culposa (que o que assola você agora); pois, let it be, nesse caso, é a receita para a introjeção da amargura no coração de seus filhos.

O mais é deixar Deus agir em todos. Sim, porque desse caos ainda pode nascer algo bom, se o seu coração der mais valor ao que é bom do que ao que é apenas gostoso.  

O preço histórico do “gostoso” não é o “quase ruim”, mas é o “completamente péssimo”. Assim, não escolha o pior na intenção de ser fazer bem; pois, o bem imediato, nesse caso, é tristeza plena a longo-prazo.

Nessa hora, o que acontece é que a pessoa não consegue mais ver um homem no marido, pois, tudo que havia de homem nele, foi transferido para o outro. Então a pessoa diz “acabou”. E isto sem nem mesmo haver checado alternativas para o casamento. Na realidade, o que deve ter acontecido também, é que você, inconscientemente, se vingou do cara-quase, e assumiu a mulher-total. O que você não imaginava era que os filhos reagiriam como reagiram.

Ora, do jeito que as coisas estão e ficaram — a única coisa que posso pedir a você é que dê um tempo real com o seu namorado; e, aproveite isto para olhar pra sua família, com ou sem casamento.

Anteriormente eu disse “terminar” porque de fato não creio em “dar um tempo”...

“Dar um tempo” deixa a pessoa com desespero para ter outra vez aquilo que parou sem vontade...

Por isto, quem deseja ver a verdade, tem que crer no que é de fato verdade; e, desse modo, assumir que se era verdadeiro, então, sobreviverá; mas, se não era, então acabará.

É direito seu se separar não porque ele “quase” traiu você (como se traição conhecesse “quase”), mas porque você ou ele não queiram mais estar casados. Ou mesmo porque descubram que não têm condições de serem felizes em uma circunstância conjugal como a de vocês.  Basta isto.

Não precisa haver tragédias para se chegar a tal conclusão. O que impede que seja assim (sem tragédias) é a moral religiosa, que prefere uma tragédia bem explicita do que o respeito à dimensão não-moral do ser.

Pense em tudo o que lhe disse e me escreva. Enquanto isto... estarei orando por vocês!


Nele, que nos leva a verdade por mãos sempre impossíveis de serem previstas,

 

Caio

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2a Carta:


Querido Caio,

 
Agradeço muito pela resposta!!

Li bem a sua carta e a releio ainda. Estou decidia a terminar com meu namorado, pois, se sou uma mulher de ir até o fim, não posso fugir da verdade.

Quanto a pedir perdão às crianças, isso já foi feito e até mais... Diante da minha filha me coloquei como mãe que, apesar de desejar fazer e querer tudo de melhor pra ela, comete erros e ainda ira comete-los. Sei que pra ela é difícil perdoar, mas isso é uma coisa que não pode ser exigida, o perdão. Então vou esperar o tempo que for necessário.
 
Em relação ao meu ex-marido, penso mesmo que no caso dele a consciência moral religiosa fala muito alto. Filho de pastor e um dos filhos que deu mais "certo"... Como você pode ver a auto-exigência é muito grande. Além de ser alguém muito orgulhoso da própria família e do fato de ter conseguido traze-la para o exterior. Como você também disse, lutou pela família e não pelo casamento.

Durante um tempo sei que vou sentir um vazio muito grande, pois a carência afetiva e sexual vai se fazer remarcar. Mas estou pronta e com o coração aberto para receber o consolo e o amor do Espírito Santo.

Já sabia há muito que essa era a boa escolha, mas o nosso coração gosta de enganar a gente e se satisfazer com o gostoso temporário...
 
Sei muito bem que o meu ex-marido sofreu e ainda sofre com tudo isso. Mas as iniciativas de conversar pra poder analisar nossa situação sempre partiram de mim. Ele se expõe muito pouco e acusa muito. Sinto um orgulho muito grande nele, que nunca reconheceu com simplicidade os próprios erros. Ele admite somente que eu tinha-tenho necessidade de ir à luta pela minha autonomia e independência, e realizar projetos que ele "talvez" me impedisse de realizar. 

Sei que se passar esse ano vou ter uma das maiores vitórias da minha vida. E sei plenamente que é somente Nele e com Ele que obterei a verdadeira vitória!!


Beijos
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Resposta:

 

Querida amiga: Graça e Paz! — e perseverança!

 

Que bom! Sei que você não se arrependerá. O que é bom sempre deixa os frutos de sua própria natureza. Assim como o que é mal carrega a sua própria semente; e, sementes, inevitavelmente nascem, e dão fruto. Quando são boas as sementes, o fruto é doce. Quando são más, o fruto é amargoso.

Faça o que é bom e você terá perpetua a sua morada. Faça o que é mal e ela será extinta como conforto e paz para você.

Ah! Não esqueça jamais que o que lhe trará mais dor do que tudo será o fato de que quando você começar a melhorar, seu ex-marido haverá de mudar de comportamento, tornando-se, de início, uma pessoa arrogante, só que de um outro modo. Persevere, pois, ninguém suporta a força do amor que é contínuo e não se altera. Mostre a ele que você o ama, sendo ou não mulher dele.


Nele, que nos ajuda a andar na verdade,


Caio

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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