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Cartas

E SE NÃO FOR NADA DISSO… - já pensou?

E SE NÃO FOR NADA DISSO… - já pensou?

 

 

 

 

 

----- Original Message -----

From: E SE NÃO FOR NADA DISSO… - já pensou?

To: contato@caiofabio.com

Sent: Monday, January 22, 2007 4:06 PM

Subject: Doideira

 

 

Rev. Caio. Gostaria de fazer umas perguntas  um pouco doidas, mas que podem fazer parte de muita consciência sincera entre os evangélicos.

 

 

1º Você já pensou na possibilidade de estarmos errados, que de os espíritas estejam certos sobre vida após a morte?

 

 

2º Já pensou se na vinda do Messias vier um deus por nome Alá ou Hare Krishina ou Xiva ou até mesmo o Maytreia?

 

 

3º Já pensou se o Diabo for o bem e Deus for o mau?

 

4º Será que existimos mesmo? Ou será que tudo isto é um sonho?

 

 

5º Será que tudo isto não  passa de fantasia?

 

 

Caio me responda como Caio Fábio, e não como Rev. Caio; diga-me como Caio Fabio e não como Irmão Caio; me diga como Caio Fabio e não como Escritor Caio Fabio.

 

Grato!!

 

_____________________________________________

 

 

Resposta:

 

 

Querido irmão: Graça, Paz e Luz sejam sobre você e todos nós!

 

 

Inicialmente desejo dizer-lhe que em mim não existem essas três personas. De fato, elas nunca existiram em mim. Existem sim na mente dos fantasiosos, e que vivem fora da “minha” realidade.  

 

Não escrevo como nenhum desses que você mencionou. Não sou “Reverendo”, mas apenas objeto da reverencia que se deve a todo homem. Não sou o “Caio Fábio”, mas apenas tenho esse nome. Não sou o “Escritor”, pois, embora escreva muito, não me dedico a escrever como faz um escritor (nem mesmo gasto tempo refazendo uma frase). Não sou o “irmão Caio”, pois, tal persona é apenas um Caio fraternalizado. Sou Caio. UM dos Caios. O mais digno do modo como o nome soa em português. Afinal, eu caio. Mas, agora, caio-vivo na Graça de Jesus.

 

Assim, nunca espere de mim uma resposta que busque media ou consenso; ou qualquer tipo de adaptação. Minha fronteira é minha consciência em Cristo. Assim, o que digo aqui, digo em qualquer lugar. E o que digo em qualquer lugar, declaro como conteúdo aqui. Pois, aqui, sempre digo apenas o que penso. Como agora.

 

Dito isto, desejo apenas que você mesmo perceba como a avaliação da realidade está sujeita à fantasia.

 

Sim! À fantasia que cria personagens, entre outras coisas. Pois, aqui mesmo, no bojo de sua carta acerca da verdade da realidade e da realidade da verdade, você expôs seu temor de viver uma fantasia, e, na ânsia desse temor, ou curiosidade, ou mera viagem — tentou afastar de mim uma fantasia que não está em mim, mas em você apenas. E que seria o panteão dos Caios.

 

Ou seja: eu não existo para você até que você me conheça.

 

Ora, uma vez que você me conheça, você não terá dúvida alguma sobre a minha palavra; ou seja: do que digo; e se digo.

 

Minha mulher e filhos, por exemplo, não duvidam jamais que eu sempre diga quem eu sou e o que penso. E por quê? Porque somente a relação estabelece a realidade da verdade e a verdade da realidade. Desse modo, por me conhecerem, nem precisam de argumentos, pois, neles está estabelecido que eu sempre digo o que penso; muitas vezes até contra mim.

 

Ora, isto é assim até no caso de gente finita como você e eu. Pois, até mesmo minha mulher e filhos podem apenas dizer que quando falo, digo o que penso, embora, eles também saibam que nem sempre eu diga tudo o que penso, dependendo do que a sabedoria estabeleça como tempo e modo. Entretanto, eles não podem dizer o que deixei de fora, pois, o que pus dentro, diz tudo o que penso como conteúdo acerca da coisa em questão.

 

Ora, por que estou dizendo tudo isto?

 

É que a sua carta só tem a ver com conhecer ou não conhecer. Sim! Se você me conhecesse, não haveria esse panteão de “Caios” em sua visão a meu respeito. Do mesmo modo, se você conhece a Deus como revelação, como encontro com a Graça, como alegria de provar, como gozo do sublime em você; saiba — essas questões não existem em você; pois, quem conhece a Deus como pessoa, não como idéia ou energia, não tem como negar a relação, na qualidade que ela possui na experiência de Deus. Pois, só se conhece a Deus na relação com Ele; e jamais no viajar livre sobre como Ele deve ser. Ora, isto acontece do mesmo modo como um homem conhece outro homem — ou seja: com ele se relacionando profundamente.

 

Assim, quando se conhece, não se tem certas questões, como: será que quem me escreveu foi o “irmão Caio”, ou o “Caio Fábio”, ou o “Reverendo Caio”, ou terá sido o “Escritor”?

 

Ora, essas questões sobre com qual persona eu responderia a você (algo que poderia ser assim supostamente pelo “absurdo” das questões, segundo você mesmo) — ilustram muito bem a qualidade de suas questões acerca de Deus, do Diabo, de Jesus, de Alá, dos deuses hindus, e de quem é quem.

 

É a mesma coisa. Se você conhecer experiencialmente... — não terá mais como fazer essa viagem, pois, daí pra frente, você terá deixado o “mundo da crença” ou da interpretação, e terá mergulhado na dimensão da experiência, da relação, do vinculo e da linguagem que é — coisas essas que excedem a todo entendimento.

 

Isto posto, vamos à suas questões.

 

Você já pensou na possibilidade de estarmos errados, que de os espíritas estejam certos sobre vida após a morte?

 

Resposta:

 

Se esse “estarmos” tem relação com os “evangélicos” (alusão feita antes), então, saiba: não remo nessa canoa. “Meu barco é pequeno, e grande é o mar. Jesus segura a minha mão” — foi o que me ensinaram a cantar quando era criança, e, depois, com as agonias da própria alma, foi o que encontrei, sendo encontrado por Jesus, historicamente. Portanto, com toda reverencia, falando como eu mesmo e só eu (pois Legião não é o meu nome) — digo: Sou filho do Evangelho, mas já não faço parte do movimento histórico chamado de “evangélico”; e já faz muitos anos... Entretanto, falando agora da questão espírita, digo simplesmente o seguinte: Se a tese deles fosse certa, toda a revelação acerca da Graça de Deus em Cristo seria apenas uma fantasia, uma balela, e, então, deveríamos buscar desde já a salvação pela auto-justificação virtuosa (conforme os espíritas); e, assim, pela implicação, anularmos a declaração de Jesus acerca do fato de “Estar Consumado”. Ou, então, teríamos que dizer que o que Jesus disse ao malfeitor que morria ao Seu lado, viola a lei do carma e a reencarnação. Pois, como se diria a quem tanto precisava ter outras vidas purgatórias na terra — “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”? - e, ainda assim, continuar crendo na tese espírita? E como jamais tive qualquer duvida acerca do amor de Deus e de Sua Graça (favor imerecido); e como também não tenho tal dúvida pela experiência desse amor em mim — jamais pude ter nem de longe tal questão. Conheço-a toda como uma questão de outros. Mas jamais a tive.   

2º Já pensou se na vinda do Messias vier um deus por nome Alá ou Hare Krishina ou Xiva ou até mesmo o Maytreia?

 

Resposta:

 

Não! EU digo que nunca tive essa dúvida. Afinal, sei que Jesus é Senhor de todos, e, além disso, conheço o que se diz acerca dos demais “candidatos” mencionados por você; e sei que entre Ele, Jesus, e Alá ou Hare Krishina ou Xiva ou até mesmo o Maytreia — não existe nada em comum no que é essencial. Há ensinos que aqui e ali se interconectam. Mas, no todo, quem diz crer em Jesus, no que Ele viveu e ensinou, não tem como ver Nele qualquer fusão com as “divindades” mencionados por você. Até mesmo o Maytreia, que ainda não teria vindo, já se sabe ser um Buda apimentado pela Nova Era. Portanto, tratar-se-ia de um Buda da mídia; de um promotor da consciência do Universalismo; do Cristo pós-moderno; etc. Ou seja: de um Messias Da Vince, como já se o está “criando”. O mais, fica por conta de conhecer Aquele de quem estou falando que é Senhor de todos.

 

3º Já pensou se o Diabo for o bem e Deus for o mau?

 

Resposta:

 

Muitas vezes “Deus” tem sido o disfarce do diabo na história humana; assim como muita coisa de Deus é tratada como diabo entre os homens. Basta olhar para Jesus, que foi chamado de blasfemo, samaritano louco, suicida, Belzebu, demônio e farsante. Por outro lado, basta ler a História do Cristianismo e ver-se-á a quantidade absurda de vezes em que o diabo posou de “Deus”. E posa. Mas, saiba: Deus é Deus, e o diabo é o diabo. O mais, é obra do último.

 

4º Será que existimos mesmo? Ou será que tudo isto é um sonho?

 

Resposta:

 

Existir todos os que existem, existem. Poucos, todavia, têm vida e discernem a realidade, existindo apenas num pesadelo. Todavia, isto aqui não é o “Matrix”.

 

5º Será que tudo isto não passa de fantasia?                                                                              

 

Resposta:

 

Se por “tudo isto” você fazia alusão à realidade da presente existência ser factual ou apenas um sonho, pergunto: e, nesse caso, quem sonha é real ou não? Ou sonhos são ‘em-si’ a própria realidade? Entretanto, se por “tudo isto” você estiver fazendo alusão às suas questões, estão saiba: são pura fantasia.

 

Receba todo meu carinho.

 

Estou aguardando os docinhos que você me prometeu dia desses.

 

Nele, em Quem a relação é,

 

   

Caio

 

23/01/07

Lago Norte

Brasília

  

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