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Cartas

DESCOBRINDO VOCÊ, CAIO!

DESCOBRINDO VOCÊ, CAIO!



----- Original Message ----- From: DESCOBRINDO VOCÊ, CAIO! To: Sent: Friday, September 30, 2005 10:44 PM Subject: Descobrindo um Caio Fábio Querido amigo, (posso te chamar assim?) Tenho acompanhado seu site, lendo tudo, tudo, tudo. Tenho me enriquecido demais, confesso. Mas, ao mesmo tempo, fico pensando que estou conhecendo, aos poucos, um outro Caio Fábio. Confesso que torço para ser melhor (me perdoe a comparação). Estou pensando que o Caio de hoje pensa igual a mim.Com o passar do tempo vou descobrindo um outro Caio, mais maduro, interessante, inteligente, mas que não perdeu a graça e a Graça. (Aliás, elas sempre te acompanharam). Não vou "rasgar sedas" para você agora. Você não precisa de disso. Mas, o que mudou em você nesses anos todos? Um abraço de quem sempre te admira e que um dia vai realizar o sonho de apertar sua mão e lhe dar um forte abraço, e dizer: Meu irmão, eu te amo! Pr Ramon Infante ___________________________________________________________ Resposta: Meu amado amigo: Graça e Paz! “Esquecendo das coisas que para trás ficam; prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus!” Outro dia conversava com uma prima querida, e falávamos de como Deus nos deu uma família tão boa e generosa, tão amiga e solidária, tão discreta e próxima. Enfim, alegrávamo-nos pelos nossos avós, pais, tios, primos e filhos. E ela se preocupava que com a eventual partida de mais alguns dos “elos” — meu pai, por exemplo —, tais vínculos pudessem se arrefecer. Eu disse a ela que só tendia a melhorar, e que o que temos entre nós já em muito transcende nossos pais. E concluí: “Você não acha que tudo só tende a melhorar ainda mais?” Ela disse que não, que as coisas todas ficariam piores. Então, eu disse: “Eu creio que tudo só tende a melhorar porque eu me prefiro hoje, a mim mesmo em qualquer outra época!” Ela disse: “É! Por esse aspecto eu também acho que todos nós melhoramos!” O que melhorou em mim, eu não sei. Para alguns pode ser que eu tenha piorado. Porém, para mim mesmo, sei que me sinto melhor hoje do que em qualquer outra época de minha vida. E isso só se deve ao fato de que eu considero tudo o que passou, como Paulo diz aos Filipenses, “como refugo” para encontrar mais de Cristo, e ser achado mais profundamente Nele, mantendo comunhão de consciência em fé com os Seus sofrimentos, a fim de experimentar o poder da ressurreição Hoje. De minha parte, posso apenas dizer que antes, por mais cheio da consciência da Graça que estivesse, ainda assim, eu mesmo tinha uma grande carga de justiça própria, de pedigree espiritual, de santidade referencial e de importância ministerial; e tudo isto feito, creia, com o melhor coração. Sim, nos limites de minha consciência sempre busquei viver de modo limpo em relação a ela na presença de Deus. No entanto, apesar disso, quando você crê na Graça para os outros e para você mesmo, porém, na prática, vive de modo tão dignificado como se “glorificado” você já estivesse, o coração suavemente vai se acostumando ao sublime. Então, mais sutilmente ainda, surgem suas justiças próprias. Ora, conquanto eu saiba que sempre tratei meu próximo com a misericórdia que eu gostaria de receber no caso de estar na situação dele, todavia, em mim mesmo, por muito tempo, me senti para além da possibilidade de cair em certas coisas; ou, melhor dizendo: em praticamente qualquer coisa. A tal “irrepreensibilidade” recomendada por Paulo precisa ser alimentada com consciência e dependência de Deus todos os dias, em fraqueza, a fim de que a Graça de Deus se aperfeiçoe em nós; pois, do contrário, você acaba crendo na sua própria “irrepreensibilidade”, o que é desastroso para a alma. Com isto não recomendo que se busque a fraqueza, porém, digo, que é “em fraqueza” que se deve viver com Deus. E esse “em fraqueza” não é definido por atos abaixo da referencia do Evangelho, mas sim pela existência que sabe e vive todos os dias a certeza da dependência exclusiva da Graça de Deus, sem ter do que se gloriar. Durante muitos anos, em família, nós nos assustávamos com o fato de que em nossa vida tudo corria sem nem mesmo pequenas pedras no caminho. Todas as coisas fluíam na direção do que nos era bom e agradável. Hoje eu vejo que se nada tivesse me acontecido, provavelmente eu não estivesse tão bem como estou. Deixei de ser totem, e virei tabu, porém, a Palavra de Deus, em mim, agora, está mais livre do que nunca; e eu, no processo, estou contente em pregar a Palavra sabendo que quem crê nela, não o faz porque já estava predisposto pela “unanimidade” que eu era durante tantos anos. Havia gente que se convertia e esperava para “aceitar a Jesus” comigo. Ora, para mim, isso define um estado de idolatria psicológica que desagrada a Deus. Ele não dá Sua glória a outrem. Assim, como Ele me ama, da parte Dele me vieram “males” a fim de que a Sua Graça se manifestasse em mim, por mim, e sendo eu o maior beneficiário dela diante de Deus e dos homens. Aos que me consideram o “maior dos pecadores”, tenho a dizer que concordo com eles; pois, “fiel é a Palavra, e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”. Assim, respondendo a você, com temor e tremor, digo: me sinto melhor hoje em Cristo e para mim mesmo, do que em qualquer outra época de minha vida; como também vejo que a Palavra está mais livre em mim do que jamais antes esteve. E, em minha percepção, foi a operação da Graça nas tribulações, nas dores, nas vergonhas, nas tristezas, nas decepções, nas perdas, nas relativizações, nas infâmias, nas fofocas, nas línguas perversas, nos ódios dos “irmãos”, e, sobretudo, nos agentes de amor e Graça que Ele colocou em meu caminho no vale da sombra da morte —, aquilo que de fato me fez bem! Como é bom pregar sem justiça própria e completamente dependente do que o Espírito faz mediante a Palavra, sozinha, sem qualquer reforço de “minha imagem” junto as pessoas. Assim, a Palavra teve que humilhar a Imagem para que eu surgisse de dentro de mim mesmo, para Ele e para o meu próximo; e sem a tirania da Imagem que os outros sobre mim projetaram. “Filhinhos meus: fugi dos ídolos!”—significa isto também. Ou seja: eu creio que o “Caio Fábio” foi um ídolo evangélico que Deus decidiu desmontar a fim de dar vida ao Caio. “Caio Fábio” é meu nome, porém, por décadas, virou um grife cristã. Acabou por se tornar no “apelido” de uma persona. E, até hoje, vejo que quando as pessoas se referem a mim como um ente “publico”, vejo que elas me chamam de “Caio Fábio”. Na realidade, os meus amigos sempre me chamaram apenas de Caio. É por esta razão que hoje sempre apenas assino “Caio”, pois, o “Caio Fábio” representa, para a maioria, uma Imagem, não uma pessoa. Portanto, digo: o tal “Caio Fábio” morreu; e quem está hoje, aqui, livre e solto, é apenas o Caio. O mais, meu irmão, é processo... Esquecer o que fica para trás e prosseguir para o que está adiante. A única vida possível que eu tenho é Hoje; e o melhor do que Hoje Deus está fazendo em mim é o que me garante que o Amanhã será sempre melhor. Para muitos, antes, o “vaso” não era de barro. Hoje, todos sabem que o tesouro de Deus em mim é guardado na fragilidade desse inadequadissimo recipiente; esse vaso de argila do Amazonas que sou eu. Ore sempre por mim e pelos meus! Receba meu carinho! Nele, em Quem a vida tem que ir de glória em glória, ainda que no processo nós tenhamos que aprender a nos gloriar nas tribulações, Caio
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