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Reflexões

QUANDO A “IGREJA” DESEVANGELIZA...

QUANDO A “IGREJA” DESEVANGELIZA...

Temo muito pelo que vou dizer, mas devo faze-lo por uma questão de consciência. Tenho como certo que se nada acontecer aos evangélicos, se continuarem seguindo este presente caminho, se tornarão, historicamente, o fator mais decisivo quanto a empurrar a classe media reflexiva, os intelectuais, e todos os que buscam uma fé ou uma filosofia que almeja por ter paz na alma já agora, na Terra, para os braços do Budismo, do Taoísmo, e algumas outras religiões ou filosofias que oferecem um caminho para a pacificação do ser; seja isto pela via da respiração, da meditação, das mantras, da harmonização corpo-alma, do silêncio, ou da contemplação interior, no coração; e exterior, na criação. E isto já está acontecendo, e, se nada mudar nos evangélicos, crescerá em larga escala. Alguém pergunta: o que os evangélicos têm a ver com isto? Não são eles os maiores combatentes de tais coisas? Ora, o catolicismo tende a crescer entre os pobres do interior, e entre os esotéricos que descobriram “Nossa Senhora”, como Elba Ramalho. Mas pouco poder terá entre os da classe média pensante. Os evangélicos também continuarão a crescer, especialmente esvaziando os cultos afro-ameríndios, que, enfim, encontraram nos Neo-Pentecostais a versão evangélica da macumba, com todos os conteúdos e sistemas idênticos, e com o mesmo modo de barganha com a divindade, sendo também as “bênçãos” todas de natureza peculiar à macumba: juntar casais, abrir portas para negócios, separar amantes, conseguir prosperidade material, e todas as demais coisas que os feiticeiros e feiticeiras sempre ofertaram à humanidade. No entanto, assim como já não conseguem, deixarão completamente de ter a capacidade de alcançar os que sentem e pensam com categorias existenciais mais refinadas. Além disso, sinto que há uma grande quantidade de jovens evangélicos se interessando cada vez mais pelas filosofias orientais. Ora, isto está acontecendo porque os evangélicos não têm mensagem para a alma, nem para a pacificação do ser, visto que, eles próprios, em geral, são as pessoas mais neuroticamente aflitas que se conhece à volta. A lei, o orgulho, a vaidade, o dinheiro, o mercado, a vangloria, a fama, o culto à imagem, o comportamentalismo, o moralismo, a superficialidade, as taras, as piedades austeras e feias, as divisões, os ciúmes, a picaretagem, o formalismo, a fixação no controle das pessoas, as jogadas políticas, a venda de votos, as negociatas, as lavagens de dinheiro, e a grotesca hipocrisia, tornaram os evangélicos insuportáveis até para os evangélicos mais sensíveis, e que, muitos deles, não tiveram um encontro com Jesus, mas apenas com o “Jesus Evangélico”, e que é apenas um ser criado para seduzir as almas aflitas; mas que é esquecido e substituído pela igreja, tão logo aquele que creu entre para o seu inventário de bem ativo. Estou assustado com a quantidade de jovens que me escrevem dizendo que simpatizam com muitas filosofias orientais, pois que por elas se sentem muito mais tranqüilizados para viver. Hoje mesmo recebi alguns e-mails com este conteúdo; e também de filhos de pastores, que me pedem para que não divulgue seus e-mails no site. O que dói é que não há nada nesta vida que de fato mais possa pacificar o coração, que a certeza da total reconciliação com Deus, conforme e Boa Nova. No entanto, quando a “igreja” prega, em geral, ela falsifica Jesus, pois o apresenta de modo a se parecer com um ídolo. O “Jesus da igreja” é uma afronta a Jesus de Nazaré. Por vezes chega a ser um anti-cristo, de tão desconstrutivo que é em relação a Jesus, conforme o Evangelho. De fato, gente, ou todos nós, a uma e também individualmente, nos convertemos ao Evangelho, conforme Jesus, ou veremos um dos mais feios desastres acontecerem, feito em nome de Jesus, mas realizando a obra do diabo. Sei que o que digo é sério. Estou falando que a “igreja” tem realizado, nos últimos anos, a obra do diabo; e digo, sem medo, que é a demônios que muitos estão servindo “em nome de Jesus”. Há vários evangelhos sendo pregados. Há aquele que pedra. Há aquele que dissolve. Há aquele que imbeciliza. Há aquele que faz magias. Há aquele que só cuida das coisas desta vida. Há aqueles que é só comportamento. Há aqueles que é luta aflita contra o diabo. Há aqueles que é total mornidão. E há aqueles que é uma boa religião. Nenhum deles gera no ser o bem do Evangelho da Graça de Jesus! Se nada mudar... Se nada mudar, quem viver mais vinte anos (se tanto), verá que o que aqui digo, infelizmente, é verdade. Mas ainda há tempo de nos convertermos ao Evangelho, puro e simples, e rompermos com o diabo da teologia moral dos fariseus, e mergulharmos, de cabeça, sem medo, no bem da reconciliação feita e consumada, indissolúvel, inquebrantável, eterna e imutável; e que é bem de paz e tranqüilidade para o coração; especialmente no tempo presente; pois que bem me faz uma salvação que não começa já hoje, como pacificação do coração? Quem já passou da morte para a vida tem que começar a experimentar a eternidade como vida abundante, em paz e contentamento, não pelo que tem e consegue como bem material, mas como alegria pela vida no bem eterno, e que é o chão da vida de todo aquele que conheceu, de fato, a Graça de Jesus. Com temor e tremor, Caio
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