Português | English

Reflexões

O CABRA DA PESTE, A PESTE, A CABRITA, E O PRECONCEITO

O CABRA DA PESTE, A PESTE, A CABRITA, E O PRECONCEITO

O que não é bom? Para mim é apenas aquilo que faz mal. Isto sim, não é bom. Porém, neste mundo, hoje em dia, até respirar não é mais bom, pois faz mal. Mas é maldade proibir alguém de respirar, mesmo que seja fumaça; e por uma simples razão: Deus deu ao homem o a necessidade de respirar e o direito de escolher respirar, pois é pulsão de vida, mesmo que o ar esteja envenenado. Portanto, nesse caso, o que é mal é não deixar respirar, e não o ar que está envenenado! Escolher morrer quando se tem tudo para viver, é mal. Mas também não é bom, ou mesmo, é mal, não deixar que um homem escolha como existir, mesmo que a decisão seja a de morrer... ou de não permitir uma existência ligada às artificialidades dos poderes médicos. O médico que prolonga a vida de um moribundo cansado e louco para morrer, crê que está fazendo o bem. No entanto, para o homem que já não quer viver por não mais haver nenhuma chance para ele além de apenas existir, a ação do médico é má, pois, tanto não o salvará, como tão somente o fará prolongar a sua dor. Assim, o conceito de fazer mal é algo que se atém há apenas algumas dimensões básicas. Ou seja: é mal fazer mal deliberado a si mesmo, seja no corpo, na alma ou no espírito; e o pior de todos esses males é escolher a morte, quando existe a chance da vida, especialmente na escala que vai do espírito, para a alma e, então, para o corpo individual. Desse modo, a palavra chave é “deliberado”... e não “mal”. Assim, é também mal fazer deliberadamente qualquer coisa que seja ruim para o próximo, mesmo que seja aprisioná-lo a fim de lhe preservar a vida, se isto for contra a vontade livre do individuo adulto e consciente de si mesmo. Também é mal fazer mal à natureza, à criação de Deus. É mal para ela e é mal para o homem. É por tais coisas que o juízo de Deus se derrama sobre a Terra. E isto acontece não como ação esmagadora de Deus sobre os homens, mas como mera suspensão de Sua sempre presente Graça em todas as coisas; entregando, Ele, desse modo, o homem ao seu próprio curso e disposição mental egoísta, cega, presunçosa e reprovável. A ira de Deus é ausência de Graça! A ira de Deus é a alienação de Deus em relação ao homem que deliberadamente se alienou Dele! Então Deus diz: “Fique à vontade...” Um homem me escreveu falando que já que eu era “defensor das minorias” irremediáveis, como os gays-gays — tudo isto, é obvio, dito com muito sarcasmo, o qual foi gradualmente se manifestando —; então, disse ele, gostaria de me pedir ajuda para um sério problema de um conhecido dele, de sua pequena cidade. O suposto “cabra da peste” amigo dele é apaixonado por cabritinhas, e desde criança que não pode ver uma cabritinha que ele, alegada-mente, traça sexualmente a bichinha. Já fez de tudo e não consegue largar a compulsão. Pediu uma ajuda para o “amigo”. Teria sido em razão disso que ele me perguntou: “Já que não consegue, o que se diz: que ele fique assim...? pegando as cabritinhas?” Então, no mesmo espírito, o homem disse que era para eu também defender os pedófilos, e outros caras mais... pois são idênticos aos gays e aos compulsivos “traça-dores” de cabritinhas. Ora, tudo isto me foi dito pelo homem em nome do que é certo e direito. Sim, porque o que é bom e mal, não apareceram nas questões dele, mas apenas o que é imoral e inaceitável, e que foi posto em comparação a uma confissão de um gay, e apenas diz “eu sou”. Para se ter alguma luz pessoal sobre o que é bom e mal, mais do que tudo a pessoa tem que perguntar: 1. Quem está fazendo mal a quê ou a quem? 2. Esse mal se limita ao individuo ou é algo que pode atingir outros, especialmente pela deliberação de um agente perverso? 3. Há pessoas sendo coagidas, seduzidas, usadas, ou persuadidas pelo medo, ou ainda sendo indefesas? 4. Isto é algo privado e que só fará mal se for objeto de doutrinação de terceiros, ou em si mesmo é algo que contamina outros? 5. Que nível de relação eu tenho com tal pessoa que me permita intervir? Ou ainda: é sábio intervir? Creio que se tais perguntas são feitas, grandes são as chances de que se faça o que é bom, e não o que é mal aos outros, na tentativa de ajudá-los. Nenhum gay honesto dirá que é bom ser gay. Todos sabem a dor e a luta que é; a começar de dentro da própria pessoa, que, na maioria das vezes, daria tudo para gostar de quem se deve gostar como bem-bom; ou seja: do sexo oposto. Somente gays perversos ficam tentando seduzir quem não é gay, already. Nesse caso, são pederastas safados. Uma boa surra ajuda muito fazer dele não um “gay” (‘alegroso’, em inglês), mas um homem, e que viva sua dor sem torná-la em sedução para os demais. Pedófilo também, além de preso e tratado de modo psico-terapêutico, também deveria, antes do tratamento, ser “tratado” à altura, para ver se pimenta no... próprio arde ou não arde (e aqui é um homem falando). E quem come ou sonha em comer cabritinha, deveria ser mandado para a “terra distante”, com o irmão mais novo, o “pródigo”, a fim de ficar curado dessa tara de fariseu, e que diz: “Nem uma cabritinha me deste para me alegrar...” Mas esse suposto “doente da cabrinha”, mal por mal, ainda faz muito menos mal do que o irmão que tem inveja de quem se assume, como o “pródigo” de Lucas 15, que deu a cara à tapa. Sim, esses, como o “pródigo”, ainda fazem menos mal do que esses outros que comparam um gay a um tarado em cabritas; e que comparam um gay a um pedófilo; ou que fazem a mesma comparação tendo um assassino como referencia. Assim, há muitas coisas que não são boas; e muito menos têm a ver com o modo ideal das coisas de Deus para nós; e não há como dizer o contrário. No entanto, o pior mal é o juízo; e, sobre-tudo, esse veneno horrível que escorre das línguas de alguns seres “bondosos e certos”. A decidir entre o Tonhão das Cabritinhas — irreal, porém agora existente como ficção — e o Cabra que contou a estória e com o espírito com o qual a narrou, é melhor ainda que se fique com o Tonhão do que com aquele “irmão de pródigo”, que odiava e invejava o seu irmão, e, ainda por cima, tinha uma séria fixação numa certa cabritinha local. Cabritinhas são comidas nas melhores mesas todos os dias. Homens matam cabras. Mas faz mal ao homem possuir uma cabritinha como quem possui uma mulher. Todavia, mais mal ainda faz desejar comer uma cabritinha do rebanho, não comer, e, depois, ficar com raiva do Pai quando Ele se alegra com quem teve a coragem de ir, se quebrar, voltar, e aceitar mais que uma cabritinha, mas sim o novilho, o anel, as roupas, as sandálias, a festa e, sobretudo, o perdão. Jesus, todavia, disse que as cabritinhas saem de dentro do coração do homem. Também disse que tem gente que não come cabritinha mas engole Zebu, ou que côa o mosquito e engole o camelo. Às vezes, quando engolir é inevitável, e se pode escolher do males o menor, é melhor engolir o mosquitinho do que botar um camelo goela abaixo. O que é bom e o que é mal? Bom é o que realiza o bem em nós. Mal é o que nos tira a benção do bem para nós. E isto não é relativo, pois trata-se de algo que só acontece quando o nosso coração dá razão a Deus, e crê que Ele só ordena o que faz bem. Se, porém, alguém já está aquém da experiência do bem ideal de Deus, então, que pelo menos não escolha o pior mal para si, que é aquele que se estende a outros, de modo deliberado; ou aquele mal que se faz como ocultamento da verdade, que, em sendo apresentada a nós como revelação de nós mesmos, carrega consigo o poder de nos chamar cada vez mais para junto do bem de Deus; e isto enquanto nossa própria relatividade não é apresentada como ideal a ninguém, pois quem o faz, muito mal faz a si mesmo e aos outros. O que eu disse ao homem? “O que você quis me dizer? Defensor do quê? O tema é seu, não meu. Deus não me constituiu juiz, mas cuidador de meus irmãos; não de canalhas contumazes, mas de gente sofrida. O resto, leve sua carta para diante de Deus e pergunte a Ele se você não está brincando com gente e coisa seria! Nele, que não é cabra de nenhuma peste, mas sendo o Cordeiro, levou nossa peste de mal e de maldade em Sua Cruz; senão, que estranhas línguas ferinas seriam salvas?” Só não entende quem não quer! Nele, que nos livrou das síndromes das cabritinhas, pois, sendo o Cordeiro, levou o pecado de todos, até dos bodes expiatórios, Caio
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
OK