
MAIS UM POUCO DE PROPÓSITO!
MAIS UM POUCO DE PROPÓSITO!
Ontem alguém amigo me pediu que falasse um pouco mais sobre “propósito”.
Falei resumidamente. Porém, depois, me deu vontade de apenas acrescentar o seguinte:
A busca do sentido histórico e da imortalidade histórica tornaram-se os “deuses-destinos” de quase todos os homens na Terra.
Ora, assim, “propósito” equivale a “importância histórica” ou ao reconhecimento de que a pessoa se tornou “alguém” para outros “alguéns” que lhe dão suposta afirmação de significado; ou seja: propósito.
Desse modo mede-se o propósito da vida pelo significado histórico que a pessoa teve. Ou seja: a vida fica do tamanho do reconhecimento de terceiros.
A Academia Brasileira de Letras, por exemplo, assume tal realidade sem pudor algum quando declara que seus membros se tornam “imortais” mesmo antes de morrerem, pois, supostamente, passar a figurar naquele Panteão garante inesquecibilidade aos ocupantes dos “nichos” de literatura.
Nesse caso, “propósito” equivale a se tornar inesquecível!
Sendo assim, quem existe de modo “notório” tem sentido, e quem existe sem ser percebido se torna um nada, um incompetente para a História, tenha ela o tamanho que tiver em relação ao mundo da pessoa “sem propósito”.
É por tal razão que se diz que algumas figuras não morrem jamais, em razão de terem-se feito inesquecíveis pelo fato de suas realizações lhes garantirem sobrevida ao corpo físico, nem que seja de modo negativo.
Ora, nesse sentido é que Hitler foi escolhido como “a personalidade mais marcante do Século XX”, deixando Gandhi para trás, por exemplo.
É a confusão entre importância histórica e o significado existencial de cada um, aquilo que mais gera essa aflição acerca de propósito na vida!
A História só imortaliza quem não foi anônimo, mesmo que tenha sido um Hitler.
Ou seja: na História vale ganhar o mundo inteiro e perder a alma!
No Evangelho, porém, só tem significado aquele e aquilo que existe em amor, pois, sendo Deus amor, e sendo de Seu reconhecimento apenas e tão somente aquilo que foi feito em amor, por gente que existiu em amor, nada que não seja amor tem qualquer propósito; visto que para o Único com poder de atribuir sentido existencial e eterno às criaturas humanas, somente o que é produzido pelo material do amor tem durabilidade e permanência.
Se Deus é amor, como cremos, pergunto:
O que mais que não seja amor tem sentido ou carrega propósito?
E mais:
Se Deus não é amor, pergunto: que outro poder pode dar significado à existência humana?
Assim, o propósito de um ser humano é do tamanho de seu amor verdadeiro para com Deus, o próximo e a vida!
O que passar disto é angustia existencial pagã dominando a alma humana ou a alma do discípulo que perdeu a transcendência do amor de Deus!
Pense nisso!
Nele,
Caio
06/06/08
Dia em que conheci a Adriana em 2000, no lançamento do meu livro “Nephilim” na “Razão Cultural”. O "propósito", porém, eu só saberia pelo amor.