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Reflexões

A IMAGEM QUE DEUS ESTÁ CRIANDO

A IMAGEM QUE DEUS ESTÁ CRIANDO



Se o propósito de Deus é nos fazer conforme a imagem de Seu Filho, então, isto que consideramos como caos e desordem da “Queda”, passa a ser a única via para a formação da consciência e do entendimento do Evangelho, que é o Caminho-Processo no qual Deus mesmo vai esculpindo Cristo em nós. Por quê a “Queda” é a única via para o Caminho? Para responder com objetividade simples e completa, bastaria dizer que Jesus é Homem, não anjo. E também porque o caminho de Jesus, que é o Caminho, passou pelo coração da Queda; provando o que de pior ela produziu: a Síndrome de Lúcifer, que é aquela que julga que decide por Deus no mundo. Que foi o poder que simbolicamente o matou! Assim, o caminho humano não poderia ser diferente. Pois é na experiência dos embates da vida que, à semelhança de Jesus, somos transformados na imagem Dele, que é o objetivo de nossas existências. Pois, todos sofremos da mesma Síndrome. Por isto, somente a relatividade cura o ser de tais doenças; que são feitas de absolutizações luciferianas; e que só são quebradas na dor do existir. Ora, a Bíblia, em algumas poucas ocasiões, chama os anjos de “filhos de Deus”. Todavia, ainda que se diga que eles crescem e aprendem, mesmo assim, o que eles vêem em perplexidade, o vêem apenas como perplexidade assistida. Assim, tal crescimento, é apenas soma. No entanto, no caso dos filhos de Deus humanos, a situação é diferente; pois, anjos assistem a perplexidade; os homens, porém, vivem a perplexidade. Os anjos sabem o que é verdade. Os homens, no entanto, só conhecem a verdade se a provarem. Desde que Adão “provou”, daí em diante, tudo o que os homens conseguem conhecer só vem do “provar”, do comer, do experimentar, do sentir; e isto para o bem ou para o mal. Assim, numa existência como esta, onde a lei prevalente é a do mais forte; onde não é possível viver sem dor; sendo que a injustiça é o modo natural da emocionalidade humana (uns são maiores; outros menores); e também sendo uma dimensão onde a inteligência é marcada pela latência da vontade suicida; — a única via para o Caminho é mediante a experiência da dor, ambiente do qual brotam sempre todas as redenções; pois, é somente na fraqueza que a arrogância do coração humano, cheio de justiça própria, se abre para a bondade de Deus. Desse modo, por mais trágicas que certas coisas sejam, o que se pode ver, caso nossos olhos espirituais se abram, é que elas são justamente aquelas que mais podem nos converter para a vida e a paz. Por esta razão, eu digo: Deve-se evitar a todo custo tudo o que puder fazer-nos mal, e aos outros; porém, caso o mal tenha acontecido, o melhor a fazer é encara-lo de frente, sem medo, e crendo que por trás daqueles martelos e pontas de ferro usadas para esculpir, há o Artista, o grande Autor, o mais Sublime Poeta, o mais Sábio e Sutil Mestre, e o mais Paciente de todos os pais, pois, dá liberdade aos Seus filhos para que vivam, e, usa todos os elementos da jornada, até os mais desagradáveis, a fim de nos esculpir na imagem de Seu Filho. É quase sempre na via das dores que o coração recebe o bem da verdade, e, assim, assenta em si mesmo, as mais profundas decisões no Caminho da Vida. Portanto, ao invés de se lamentar para sempre, ofereça o que existe para Ele, a aceite que haverá podas e muitas quebras de pedras em seu ser; pois, neste mundo caído, somente a experiência da dor é que põe na boca dos filhos de Adão o desejo de provar Vida. Nele, Caio
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