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Opinião

MULHERES LINDAS E FRUSTRADAS...  e homens bons sem atrativo

MULHERES LINDAS E FRUSTRADAS... e homens bons sem atrativo



Hoje eu conversava com uma jovem linda e séria em seu caráter e sentimentos. Ela quer encontrar alguém legal e casar para sempre. No meio da conversa eu mencionei como crescia o número de opções femininas por canalhas e cafajestes. Ela então me disse que ainda havia homens legais, mas que o problema é que em geral eles eram muito tímidos, bonzinhos e meio sem visgo, sem charme. É verdade que não dá para casar apenas com as racionalidades que nos convencem de virtude acerca do pretendente à união. Tem que haver a santa magia do amor, da paixão, do desejo, do enfatuamento, do romance e da admiração encantada. O problema é que 90% dos homens charmosos e com borogodó, também são muito “galinha”. Assim, a maior parte dos homens interessantes e atraentes, por esse próprio fato, e, também, pela bestial obrigação masculina de enfiar onde lhe oferecem “guarida sexual”, acabam por virar seres inquietos e incapazes de um vínculo só. E como os charmosos são muito percebidos, e como junto com o charme vem o narcisismo e o espírito de garanhão — que nada mais é que um instinto animal dos mais primitivos —, então, no caso dos homens, acaba havendo um perverso processo de retro-alimentação desse estado de quanto mais gostoso mais amargo para se amar. O problema é que o paradigma de charme também mudou na cabeça das mulheres, às quais, pela massiva indução de toda sorte de movimentos e ideologias, associados a uma forte propaganda de estereótipos de charme masculino, e que repetem o modelo do homem sedutor, gostoso, estiloso, gracioso, com boa “pegada”, e que seja bom de papo — é aquilo que justamente remete as mulheres para 90% dos caras que não estão aí pra nada mais sério (dada a abundância de ofertas), ou que têm um problema muito sério com casamento e fidelidade. E aí? O que fazer? De fato, para além de toda a massificação de imagens e estereótipos, é também verdade que a maioria dos caras que são sérios, pelo medo de se identificarem com os machos galinácios, acabam por assumir aquela atitude “Nerd” sem sal e sem graça; o que, na melhor das hipóteses, atrai apenas mulheres de igual perfil. O paradoxo é que o Nerd não quer se identificar com o “Dom Juan”, mas também não quer ficar com as meninas Nerds como ele mesmo. Portanto, para quem acha que há muita mulher mal acompanhada ou sofrendo nas mãos sedutores de canalhas, ao invés de se recolher ao ar de Nerd e com cara de arroz brejeiro, o que deve fazer é desenvolver sua própria postura, com dês-inibição, com charme (que é algo que também se aprende a abrir, visto que todos têm o seu próprio charme, mas que na maioria das vezes fica preso pelo preconceito ou pela inibição); e, sobretudo, desenvolvendo atitude e objetividade, sem esquecer a bravura do espírito romântico. As mulheres, por sua vez, precisam ver que seus paradigmas de homens e de significados estéticos ou de bossa pessoal, são coisas bastante relativas. O que hoje não é moda, ontem foi. De tal modo que o charmoso de hoje poderia ter sido uma abominação ontem, antes, há pouco tempo atrás. Ou seja: o curso deste mundo é um moldador de estéticas, de tendências e, por final, de comportamentos; e quanto mais as mídias se tornam instantâneas e independentes, mais tais induções vão crescendo na alma como “arquétipo” a ser buscado como lei de sucesso. Vide Bruna Surfistinha... Minha proposta, portanto, é de equilíbrio. Os homens legais têm que deixar a nerdice de lado, pois ela é uma merdice do ponto de vista relacional; e buscarem a normalidade da vida, sem medo e sem fobia estética e de charme. Já as mulheres, precisam rever por que quanto mais “gatos” têm, mais frustradas se sentem; e, com tal analise, verificarem o nível de indução de natureza estética-escravizante à qual se deixaram prender. Ora, garantido o fato de que esses elementos estão banidos em nós, o resto é deixar a magia santa do encontro seguir o seu curso natural. Davi talvez seja o exemplo bíblico do homem charmoso e profeta que mais salte aos olhos. E mesmo ele, sob as influencias de seu próprio poder e charme, experimentou o significado de ter poder e ser atraente “para o mal”; visto que ele “pegou” a mulher de Urias, mas ela não parece ter sofrido com o fato nem antes e nem depois, posto que com amor, veio a se tornar sua mulher depois de toda a tragédia. É também impossível não ver que Jesus era puro charme. Sim, porque charme é graça horizontal, carregada de simpatia, alegria, acolhimento, senso de propriedade e naturalidade em tudo. E ninguém foi mais assim do que Ele. Estou dando aqui minha opinião sobre este assunto apenas porque vejo tanto desencontro e sofrimento e frustração entre os que tentam encontrar alguém, que decidi deixar aqui essa simples analise, com esse igualmente simples conselho. A quem interessar, possa! Sempre, Nele, até quando opino, Caio
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