
MESTRE JONAS E A SEGURANÇA DA BARRIGA DA “BALEIA”

MESTRE JONAS E A SEGURANÇA DA BARRIGA DA “BALEIA”
Hoje cedo acordei e abri meu e-mail... Dentre muitas cartas havia uma, de uma amiga aqui do Caminho e igualmente minha conterrânea; e, mais que isto: filha de um homem que, entre outros, na minha infância, me estimulava a fazer discursos públicos, já desde os 5 anos de idade, posto que seu pai fosse político, excelente orador, bom de palanque, e, além disso, era também a paixão política de minha avó materna, a Mãe Velhinha, que não apenas o amava como líder, mas me levava para vê-lo discursar nos comícios de antigamente. Refiro-me ao ex-governador do Amazonas Plínio Coelho.
Pois bem, hoje cedo vi o link que ela me enviou e cliquei para ver e ouvir o vídeo no Youtube.
Mestre Jonas - Sá, Rodrix e Guarabyra
http://www.youtube.com/watch?v=e-x86iiozsc
“Mestre Jonas”, o nome da música, faz uma sátira do profeta Jonas, dizendo que o “Mestre Jonas” havia feito a escolha pelo ventre da “Baleia” — pois, dentro, era mais seguro do que em um transatlântico: imune aos trovões, relâmpagos e tempestades; livre do que existia do lado de fora; sossegado na morte do ventre do grande peixe...
Amo quando encontro coisas soltas assim..., proféticas e cheias de advertência descomprometida, porém, carregadas de verdade, ainda que ditas de modo sarcástico, como frequentemente acontece na liberdade da Ordem de Melquizedeque.
Na realidade a música é um berro forte e sarcástico contra a segurança dos crentes em fuga e evasão...
De fato “Mestre Jonas” pastoreia a maior parte das “igrejas/baleias”... E mais: os crentes/Jonas lotam esse ventre de fugas... Lá é certo que se morrerá, mas é certo que não se verá do que se morrerá...
Infelizmente a “igreja” virou esse “Grande Peixe” no qual os “Jonas” e os seus “Mestres Jonas” escondem-se da vida, fantasiando que o mundo não é como é; e pior: crendo que mesmo se entregando à fuga, ainda assim estão mais seguros do que os que encaram a realidade de frente no convés do navio da existência.
“Mestre Jonas” decidiu não pregar aos Ninivitas...
“Mestre Jonas” quer apenas a salvação do conforto imediato, ainda que seja fruto de alienação total... e morte.
Enquanto isto, a “Igreja/Baleia” vai ficando gorda de tanto crente em fuga!...
A baleia não agüenta tantos Jonas...
É Jonas demais...
É fuga demais...
É evasão em excesso...
A baleia está afundando...
Nem o monstro suporta tanto peso...
Nem o monstro agüenta comida tão indigesta...
O monstro pede socorro aos céus...
Roga para ser liberto de tão grande indigestão... rsrsrs.
Assim, mais uma vez, pelo sarcasmo, muitos Jonas são advertidos pela voz que denuncia sua acomodação à morte e sua paixão pelo conforto imediato, mesmo que seja no abismo...
“Mestre Jonas” não gosta, sobretudo, do “sinal de Jonas”!
Sim, pois o tal “Mestre Jonas” não quer mesmo existir do lado de fora, e, menos ainda, ressuscitado do estado da escolha mórbida para a liberdade da missão no mundo real.
“Mestre Jonas” é homem de Baleia; ou melhor: é homem de “igreja”.
Sim, “Mestre Jonas” quer apenas existir e se aposentar no ventre da Baleia...
Tal é o sono do “Mestre Jonas”!...
Caio
23 de maio de 2009
Lago Norte
Brasília
DF