
MENINAS SEM ESPERANÇA: MULHERES INAFETIVAS!

No “Fantástico” do domingo 21 de agosto, Regina Casé entrevistou crianças. Entre elas, meninas de 7 a 12 anos.
Nenhuma das entrevistadas desejava se casar ou ter filhos. As razões:
“Eles bebem e fazem a cabeça da gente ficar doida”.
“Vão jogar bola e beber e deixam a gente cuidando da casa e da sujeira...”.
“Já imaginou se eu quisesse usar esta saia aqui e sair com minhas amigas, e ele não deixasse? Eu ia assim mesmo. Pra quê marido?”
“Pra quê ter filhos se a gente já sabe que vai brigar com o marido na separação? Aquela coisa de quem fica com os filhos...”
Regina perguntou a mesma coisa a uma menina entrando na puberdade. A garota não hesitou: “Prefiro comprar um cachorrão e um cachorrinho. O cachorrão fica fora da casa e o cachorrinho no meu quarto”. Casé questionou: “O cachorrão é o marido e o cachorrinho é o filho?” A menina respondeu: “É!” “Então você prefere um cachorrão e um cachorrinho do que ter um maridão e um filhinho?” — insistiu. “É! Eu prefiro sim!”
De onde vem essa falta de desejo natural pela conjugalidade e pela maternidade?
Basta ler as razões alegadas pelas meninas —razões que foram “processadas” a partir da experiência delas em família— e se entenderá as causas. Elas não desejam ter marido e filhos porque não gostam do que vêem em casa, e, sobretudo, como se viram tratadas como filhas, bem como o que perceberam na relação dormente dos pais; e, por fim, na separação hostil deles.
O profeta Malaquias diz que quando pais e filhos não se “reconciliam”, o resultado é que “a terra é ferida com maldição”. Essa reconciliação de pais com filhos é a única realidade capaz de impedir essa ferida de crescer e fazer com que o amor se esfrie na alma humana.
Pior do que a separação é a conjugalidade marcada pelo abuso, incluindo o descaso masculino para com o sentimento da mulher, encarcerada nas tarefas domesticas, enquanto o maridão continua a viver como garotão.
O ódio que caracteriza a maioria das separações conjugais, com os filhos sendo objeto de esquartejamento emocional, sendo usados como capital de crédito ou como moeda de troca ou manipulação no dia-a-dia ou na separação, é o poder mais maligno a destruir o desejo natural de toda mulher.
Quase todas as mulheres querem apenas amar e serem amadas, queridas e desejadas sempre. Esta é a única motivação que pode fazer com que uma mulher possa encontrar sentido tanto na conjugalidade quanto na maternidade.
Divórcios continuarão a existir. O que não pode mais continuar é o ódio com o qual os casais vivem, e, no processo, tratam os filhos, abrindo na alma feminina esta ferida que pode criar uma profunda cratera de inafetividade nas próximas gerações.
Caio