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Opinião

ATÉ TU, BILLY? A POSSE DE BUSH E A POSE DO BILLY!

ATÉ TU, BILLY? A POSSE DE BUSH E A POSE DO BILLY!



Acabo de assistir o culto patriótico da posse de George W. Bush no seu segundo mandato, o qual, de fato, pode ser o mandato da morte para milhões. Além de seus assessores e das autoridades que tinham que estar presentes, independentemente de desejarem ou não—como era o caso de Carter e Clinton—, chamou minha atenção a presença do Rev. Billy Graham. A presença de Billy na cerimônia seria “rotina”—afinal, não importando “quem” esteja no poder, Billy sempre está no poder—, não fosse o fato que entre todos os presentes, e cujos rostos pudessem ser mundialmente identificados, o de Billy era o único em “estado de graça”. Sim, ele expressava uma admiração do estilo Simeão, aquela mesma que diz em estado de embevecimento: “Despede agora o teu servo em paz, pois, os meus olhos já viram a tua salvação”. Nem o pai de Bush tinha no rosto aquela face. Sem falar que a mãe dele não conseguiu nem mesmo levantar a cabeça, olhando firme para o chão, enquanto sua face se mostrava grave e pedrada. Mas Billy estava em estado de graça! Olhando-o ali me lembrei do quanto, na infância da fé, eu o admirei de todo o coração. Amava ouvi-lo pregar a simplicidade da Cruz e do Sangue de Jesus. No entanto, a idade da inocência em relação ao Billy acabou em meu coração há décadas atrás. E alguns foram os fatores que a demoliram dentro de mim. Primeiro o convívio com meus amigos Lácio e Bárbara Fontes. Ambos haviam trabalhado com e para Billy durante muito tempo, sem falar que o pai da Bárbara foi Presidente da organização durante décadas. Na realidade a Bárbara cresceu quase que dentro da casa de Billy, e teve entre seus amigos de infância e juventude os filhos do evangelista. Barbara já vinha desencantada desde a juventude com o culto a imagem que se faz naquela organização. Calamidades humanas são todas varridas para baixo do tapete ali. Billy não pode ser marcado por nada que seja humano. As infelicidades de sua família precisam ser tratadas longe, em estado de exílio, posto que mais importante do que tudo... é que a América pense que Billy é perfeito. Conhecer os maiores entres diretores da organização de Billy também não me fez bem. Vi tanta politicagem, tanto jogo de cena, tanta hipocrisia disfarçada de piedade, e tanta orgia camuflada por moralismo, que, literalmente, fiquei enojado. Minha amizade com o cunhado de Billy, Leighton Ford, também contribuiu para isso. Não que Leighton jamais tenha dito qualquer coisa, mas foi justamente seu “silencio obsequioso” o que mais falou ao meu coração. Na realidade foi Jeanny, esposa do Leighton e irmã de Billy, quem mais me falou coisas objetivas a respeito da razão do marido ter saído da organização depois de 35 anos de serviços limpos, porém sofridos. Ficam aqui comigo tais razões históricas. Eu mesmo vi o Bob Williams, assessor de Billy fazer toda sorte de mirabolâncias a fim de deixar o “Boss” bem com todo mundo. Acendia sempre uma vela para Deus e outra para o diabo! “Em quem o Billy vota?”—perguntei de maneira simples ao Bob, na saída do escritório do Billy em 1988. “Aqui entre nós”, disse ele botando a mão sobre a boca e cornetando-a na direção de meu ouvido, “ele vota democrata, mas ele prefere que todos pensem que ele vota republicano. O importante é que os democratas saibam que ele vota democrata”—disse Bob com um ar de esperteza e sabedoria. Depois disso fui exposto a uma bateria infindável de evidencias acerca do fato que o querido Billy ama o poder, e faz o que for possível para estar ao lado daqueles que o detêm. A desculpa que ele dá é a de sempre: está ali para testemunhar. A realidade, porém, é outra: ele está ali porque se sente importante, e, segundo ele, precisa estar sempre visível como homem da fé na América, não importando quem seja o Presidente ou sua política. Esses dias o Bento Souto me mandou uma estatística patética, e que revela que Bush se tornou um dos “líderes espirituais” mais ouvidos da América. É! Não é engano não. Trata-se de um dos “Líderes Espirituais mais ouvidos da América”. Essa é a designação: líder espiritual. Estamos, portanto, falando do Iatola Bush. Ou alguém pensa que os americanos conseguiram ficar sem o seu próprio Iatola? Que brincadeira é essa!? Claro que eles teriam que ter o deles! E agora têm. O Iatolá Bush! Voltando à face embevecida de Billy ante o sermão político de Bush—a coisa mais pobre e feia que já ouvi de um presidente americano, cheio de clichês de “liberdade”, guerra “anti-tirania”, e uma “América com um destino manifesto”—, quero dizer que na hora lembrei das palavras de Jesus: “Ai de vós quando todos vos louvarem, pois assim eles fizeram com os falsos profetas”. Pobre da nação cujo presidente é um bush, e cujos lideres espirituais são uns billies... Hoje, enquanto Billy se encantava, Bush me assustava, “Castelo Forte” era entoado..., eu vi a morte espiritual da América. E vi mais que isso. Na realidade me assustou a percepção de que a América está tendo a sua vez de conhecer uma alma Hitleriana como Presidente. E assusta-me ver que o homem já virou líder espiritual. Diante de tudo, uno-me aos americanos, e, de todo o coração, digo: “DEUS SALVE A AMERICA”, pois, se isso não acontecer, o mundo estará PERDIDO. Esta América “líder da liberdade” é a Grande Babilônia, é a corruptora dos povos, é aquela que deseja controlar “até almas humanas”—conforme o Apocalipse. “Caiu! Caiu! Caiu a Grande Babilônia!”—gritará o anjo. E a profecia diz que ela cairá em “meia hora”. Cuidado, pois essa “meia hora” está para chegar! Caio
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