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Opinião

A IGREJA É INDESTRUTÍVEL, MAS O CRISTIANISMO ESTÁ MORRENDO...

A IGREJA É INDESTRUTÍVEL, MAS O CRISTIANISMO ESTÁ MORRENDO...

 

A IGREJA É INDESTRUTÍVEL, MAS O CRISTIANISMO ESTÁ MORRENDO...

 

 

Nunca pensei que eu viveria para ver o declínio explicito e rápido do Cristianismo. Mas eis que acontece diante dos meus olhos, até mesmo nos países ainda de maioria cristã, porém, sem fé e sem esperança em “Deus” conforme a “Igreja” ou conforme o Cristianismo.  

Aqui mesmo, no Brasil, apesar das Universais, das Mundiais, dos Pentecostais e dos Neo-qualquer-coisa — o que se terá adiante de nós será a transformação do descrédito presente em hostilidades futuras, tão logo o povo comece a se cansar do engano.

Os Estados Unidos ainda há muita força cristã, mas em notória perda de poder. Até ao final do governo de Barak Obama veremos um novo perfil de representação religiosa na América, a qual ainda terá maioria cristã, porém, em franco processo de enfraquecimento político.

Os chamados tele-evangelistas americanos são coisa de um passado insistente em não morrer de vez, mas existem sem apelo.

As crenças New Age crescem em toda parte. O espectro vai do Budismo, do Taoísmo e da Cabala modificados e esoterizados... à Illuminati e a toda sorte de sociedade secreta e gnóstica.

Em meio a tudo isto cresce o poder revolucionário e suicida do Islã de Hassan Al Banna e de Sayyid Al- Qutb Ibrahim, ambos os maiores influenciadores de Osama Bin Laden.

 Sayyid Al- Qutb foi o mais importante ideólogo da Irmandade e do pan-islamismo, figura lendária no Oriente Médio, morto por Nasser em 1966.

Seu pensamento político literalista e reavivalista fundamenta-se na idéia de que os homens devem ser governados pelas leis extraídas do Alcorão (a Sharia), que provêm de Deus e não por suas próprias leis. Sua obra foi traduzida para o farsi (persa) pelo próprio Aiatolá Khomeini e suas idéias, desde a revolução islâmica de 1979, têm sido colocadas em prática no Irã.

A autoridade política, segundo essa concepção integrista, deve ser exercida por conselhos de doutores na Sharia.

Em seu mais influente livro, Os Marcos (Maalim fil Tarik), escrito em 1964, na prisão, Qutb explicita o seu conceito político anti-ocidental mais conhecido: a jahilya, ou ignorância pagã e rebelião contra Deus.

Segundo ele, a "religião é realmente a declaração universal da liberdade do homem sobre a servidão imposta por outros homens e da servidão aos seus próprios desejos, que é uma outra forma de servidão humana; é uma declaração sendo a qual a soberania pertence a Deus apenas e que somente Ele é o senhor de todos os mundos".

Ainda conforme Qutb: “todo sistema no qual as decisões finais estão referidas as seres humanos e nos quais as fontes da autoridade são humanas, deificam os seres humanos por designarem outros que não Deus como soberanos sobre os homens. Essa declaração quer dizer que a autoridade usurpada de Deus deve ser reconduzida a Ele e que os usurpadores devem ser expulsos - aqueles que por si próprios tramam leis para outros seguirem, assim elevando-se ao status de senhores e reduzindo os outros ao status de escravos. Em suma, proclamar a autoridade e a soberania de Deus significa eliminar todo o domínio humano e anunciar a lei Daquele Que Sustenta o universo sobre o mundo inteiro. Nos termos do Alcorão.” (Qutb, 1964: cap 4).

Só que para fazer isto Sayyid Al-Qutb cria e ensinava aquilo que hoje tem em Osama bin Laden seu representante mais coerente, segundo todos os especialistas no assunto.

Ou seja:

O Islã de Osama Bin Laden declara guerra a todo governo que não se submeta a “Deus” segundo o “Islã” de Sayyid Al-Qutb.

Na realidade eu creio que se levassem tais questões a Jesus, todas elas, inclusive concernentemente à morte do Cristianismo e ao avanço do Islã [atendendo à demanda dos radicais e raivosos], e da New Age [atendendo a demanda dos politicamente corretos e cansados do Cristianismo] — Ele diria:

“Deixem aos mortos o sepultar os seus próprios mortos!”   

Afinal, este nunca foi o combate do Evangelho e nunca foi a causa pela qual a Cruz se ergueu.

Jesus olha para tudo isto e diz:

“O meu reino não é deste mundo!”

E conclama:

“Quanto a ti, vai e prega o reino de Deus!”

 

Nele, que não contou nunca com tais pretensas contribuições ao Seu Reino,

 

Caio

13 de julho de 2009

Lago Norte

Brasília

DF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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