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NOVA VERSÃO PARA A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

NOVA VERSÃO PARA A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

31/08/2003


Evangélicos criam o movimento Missão Integral da Igreja

RECIFE. Autor dos best-sellers “Utopia Possível”, e “Cristianismo e Política”, o professor Robinson Cavalcanti, cientista político e bispo da Igreja Anglicana em Recife, assegura que a ala progressista dos evangélicos não é nova. Ele lembra que enquanto a Igreja Católica até 1964 era anticomunista e de direita, naquele ano era desmantelada pela ditadura a Congregação Evangélica do Brasil, que funcionou entre 1934 e 1964 com propostas socialistas que antecederam a fundação da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB).

— A nossa congregação foi implodida e, com a repressão, explodiu a Igreja Católica com a Teologia da Libertação a partir dos anos 70. Os evangélicos ficaram meio retraídos. Mas quando a Igreja Católica substituiu bispos progressistas por conservadores, começou a surgir a Missão Integral da Igreja, a versão evangélica da Teoria da Libertação — diz.

Professor diz que Lula está muito moderado.

Ele lembra que, através de organizações não governamentais (ONGs), os cristãos não católicos começaram a se engajar na política de esquerda, participando ativamente das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, 1994, 1998 e 2002. Foi aí que surgiu o Movimento Evangélico Progressista (MEP), que tem inclusive deputados eleitos pelo PT. Cavalcanti diz que se hoje os evangélicos ainda são minoria no partido é porque eles acham que Lula está muito moderado.

— O MEP defende o ideário socialista cristão, mas o presidente Lula está se inclinando para a social-democracia, e fazendo pacto com as elites. Nosso projeto é uma sociedade pós-capitalista — afirma o professor.

Em Pernambuco, os evangélicos que militam em organizações de sem-teto, de operários, de apoio aos presos e aos índios são ligados ao MEP.



Jornal: O GLOBO Autor:
Editoria: O País Tamanho: 302 palavras
Edição: 1 Página: 18
Coluna: Seção:
Caderno: Primeiro Caderno



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