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Centrauro: seu sofrimento-3

Centrauro: seu sofrimento-3

CENTRAURO: SEU SOFRIMENTO-3

 

Rm 7 e 8

 

Já vimos quem é o Centrauro nos dois textos que precederam a este.

 

A leitura deles é obrigatória a fim de que você possa entender este.

 

O Centrauro sofre porque é Centrauro.

 

Sofre dores diferentes.

 

Cada Centrauro tem sua própria dor e vive sua batalha interior de modo diferente.

 

O Centrauro que eu mais conheço sofre de variadas dores.

 

Sofre pelo excesso de energia que parece existir nele.

 

Sofre pela incapacidade de ser calmo frente a seus próprios impulsos.

 

Sofre a tristeza pelas coisas que já não têm remédio.

 

Sofre a culpa de saudades.

 

Sofre a certeza de que sua existência histórica carrega um espinho maior que a carne onde ele se instalou.

 

Sofre o retardo de seu ser na apropriação dos bens de sua consciência.

 

Sofre a canseira de ver como vê e de saber que as coisas que ele vê, não deixarão de ser como são nunca na Terra.

 

Sofre por ter que amar em meio a tanta conturbação.

 

Sofre a conturbação do amor—em suas mais variadas formas.

 

Sofre por misturar as causas de sua dor com o efeito dela—e assim, sofre por ser injusto na expressão até mesmo de seu sofrimento.

 

Sofre juntamente com a criação pelo dia da redenção de seu corpo de morte.

 

Sofre ao se sentir entregue à morte o dia todo.

 

Sofre...o próprio sofrimento.

 

O Centrauro é apenas um homem.

 

Um homem entre outros homens e sentindo aquilo que nenhum outro homem pode saber o que é: a dor maior do Centrauro é sua solidão.

 

Assim, o Centrauro olha para cima e diz: “Aba, Pai!”.

 

É tudo o que diz.

 

E na sua impotência crê numa intercessão maior por si mesmo.

 

Pede Àquele que sonda os corações que interceda por ele, sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.

 

O Centrauro...bem, ele é quem achar que é um.

 

O Centrauro já não sofre de condenação divina. Ele ainda sofre a sua própria condenação humana.

 

O pior inimigo do Centrauro é ele mesmo.

 

Sua salvação na Terra é deixar seu próprio centro livre para ser ocupado com a paz que já é dele, mas que ele precisa se apropriar dela.

 

Deus salvou o Centrauro!

 

Agora o Centauro tem que descansar nisto.

 

O Centrauro viverá pela fé.

 

Caio

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